VERSÃO DE IMPRESSÃO
Meio Ambiente
04/05/2018 06:26:00
Cheia prejudica agropecuária e produtores aguardam emergência
Efeitos da inundação devem ser sentidos nas propriedades rurais até 2019

CE/PCS

Muitas propriedades pantaneiras estão debaixo d’água por causa da elevação do nível do Rio Paraguai (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)

O Rio Paraguai está pouco mais de dois metros acima do nível normal. Estacionado em 4,97 metros desde a última quarta-feira, o nível do rio indica uma cheia classificada como comum, cujo pico deve ocorrer no mês de junho.

No entanto, a influência das águas na produção agropecuária do município e a afetação de comunidades ribeirinhas, podem levar a cidade a decretar situação de emergência, devido à cheia.

“Nós notamos que esse ano a série histórica de chuva registrou máximas acima da média, principalmente no planalto, mas também região sul. Choveu muito no Pantanal, realmente nós temos uma vasta extensão de propriedades submersas, são raros os ambientes com terra firme e o segmento da pecuária está tendo prejuízo considerável. Estamos terminando um relatório fotográfico, análises superficiais, mas é quase certo que vamos decretar situação de emergência”, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal, Isaque do Nascimento.

Laudo técnico da Embrapa, encomendado pelo Sindicato Rural de Corumbá, aponta que existem mais de 2,3 milhões cabeças de gado na região do baixo Pantanal. Com a falta de logística adequada para a movimentação dos rebanhos, o custo total do deslocamento dos animais por meio de comitivas até os pontos de embarque deveria ficar em torno de R$ 5 milhões.

Para o sindicato, os efeitos da inundação deste ano devem ser sentidos nas propriedades rurais até 2019 por sua influência no score corporal das vacas de cria.