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Meio Ambiente
05/09/2022 14:24:00
Chuva em agosto bate recorde e atinge volume quase seis vezes maior que o previsto

Correio do Estado/LD

O acumulado de chuva esperado para o mês de agosto é de 31,4 milímetros (mm) e choveu 184,4 mm em Campo Grande, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão. Portanto, o volume de chuva foi 5,8 vezes maior que o esperado para o mês.

A precipitação no mês de agosto de 2022 foi atípica e atingiu volumes acima da média histórica em Mato Grosso do Sul.

Fatores como oscilação antártica, mudança no fluxo de ventos e transporte de umidade são responsáveis pela chuva anormal no Estado.

Segundo Abrahão, o recorde histórico de chuvas no mês de agosto ocorreu no ano de 1998, quando 147,6 mm foram contabilizados.

A maior quantidade de chuva, no intervalo de um dia, ocorreu em 11 de agosto de 1998, quando 69,6 mm foram registrados em 24 horas.

Alguns dos pontos da Capital que registraram os maiores acumulados de chuva, em agosto, foram UPA Aparecida Gonçalves (209 mm), Santa Luzia (177,6 mm) e Panamá (166,6 mm).

Relatório divulgado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) aponta que, em três dias (16, 17 e 18 de agosto), choveu 121 mm em Campo Grande.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, houve queda de árvores e galhos, destelhamento de casas, pane em semáforos, ruas alagadas e queda de energia em alguns bairros.

Duas árvores de grande porte caíram em cima de quatro casas nos bairros Parque Lageado e Iracy Coelho. Em um dos locais, duas residências foram atingidas pela árvore e um morador ficou preso em casa.

Por que tanta chuva em pleno inverno?

Geralmente, a estação de inverno é seca com pouca ou nenhuma chuva, mas, o cenário climatológico está diferente este ano.

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), fatores como oscilação antártica, mudança no fluxo de ventos e transporte de umidade são responsáveis pela abundância de chuvas no mês de agosto, em pleno inverno.

Os temporais registrados em Campo Grande causaram queda de árvores, alagamento de ruas, queima de semáforos, queda de energia e destelhamento de casas.

A chuva que atingiu o Estado elevou a umidade do ar, provocou queda na temperatura e proporcionou alívio do calorão.

O mês de julho foi quente e seco e o de agosto úmido com temperaturas moderadas. Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Ernesto Alvin, afirmou que o o calor intenso e contínuo registrado em julho, se deu em razão do fenômeno Lã Niña.

O inverno começou em 21 de junho e termina em 22 de setembro de 2022 em Mato Grosso do Sul. A estação compreende os meses de junho, julho, agosto e setembro.