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Meio Ambiente
16/02/2025 11:22:00
Com proximidade de onda de calor, cuidados com idosos demandam mais atenção
De 17 a 19 de fevereiro, Coxim deve enfrentar o ápice de uma onda de calor, com máximas de 36°C

MMN/PCS

De 17 a 19 de fevereiro, Coxim deve enfrentar o ápice de uma onda de calor, com máximas de 36 graus e umidade de até 69%. Essa combinação pode gerar uma sensação térmica de 50 graus, segundo a tabela de climatologia aplicada da USP (Universidade de São Paulo).

É onde mora o perigo. Isso porque, em temperaturas extremas, os cuidados com os idosos devem ser redobrados, já que eles estão entre a população mais vulnerável ao calor intenso, que pode levá-los até a óbito.

Com os termômetros já disparando em Mato Grosso do Sul e a proximidade da onda de calor, portanto, é fundamental que a população esteja atenta aos cuidados que precisam ser tomados para proteger os idosos. Eles são de natureza diversa, tais como hidratação, climatização, vestimenta e alimentação.

Mais facilidade de desidratação

Segundo a médica geriatra Maria Cecília Martins Bueno, os idosos são um dos públicos mais afetados com as altas temperaturas, por terem mais facilidade de desidratarem, devido a fatores como menor índice de água corpórea, menos massa muscular, menos sede e menor capacidade de regular a própria temperatura.

“O índice de água corporal é, naturalmente, menor, já que há uma diminuição na massa muscular (tecido que contém mais água do que a gordura), resultando em uma menor retenção de líquidos no corpo; idosos nem sempre percebem a sede (sinal de desidratação) e têm menos vontade de beber água; e menor capacidade de regular a própria temperatura corpórea, o que pode gerar maior perda de líquidos”, explica a médica.

Assim, aumentam os perigos do calor extremo para idosos, incluindo aqui os problemas renais, distúrbios no sangue e até mesmo arritmias cardíacas.

“As altas temperaturas ainda aumentam a probabilidade de pessoas da terceira idade terem intoxicação alimentar, uma vez que o calor contribui para a proliferação de bactérias na comida, sem contar o risco de doenças de pele devido ao suor, bem como queimaduras solares”, completou.

Como prevenir o mal-estar decorrente da desidratação?

Nesse contexto, a médica elencou os principais cuidados com idosos em dias muito quentes.

Deixe os líquidos mais atrativos

É imprescindível que pessoas da terceira idade aumentem a ingestão de água durante o verão, para evitar a desidratação. Uma forma de fazer isso é transforme o líquido em algo mais atrativo, para ser consumido com mais facilidade. Uma sugestão é a água saborizada com folhas como hortelã ou cascas de frutas, como abacaxi, laranja e limão.

Ofereça um copo a cada hora

O consumo de água deve ser feito aos poucos, ao longo do dia todo, para que o líquido seja mais bem aproveitado pelo corpo. O uso de aplicativos com alarmes para indicar a hora de tomar mais um copo de água pode ser uma boa estratégia.

Tenha acompanhamento médico

Pacientes idosos que utilizam diuréticos devem ser monitorados e ter a dosagem de seus medicamentos regularmente avaliada por seus médicos, uma vez que não é incomum haver necessidade de reduzir as doses nesse período, para evitar perda excessiva de líquido.

Mantenha uma alimentação saudável

Na dieta, deve-se priorizar o consumo de frutas, legumes e verduras, que carregam água e contribuem para a hidratação.

Refresque o corpo e o ambiente

O uso de roupas leves auxilia o idoso a transpirar menos e reduzir o risco de desidratação. Também é fundamental redobrar o cuidado com o ambiente que o idoso está. Locais quentes devem ser evitados, mas atente-se também ao uso de ar-condicionado em exagero, pois o aparelho retira a umidade do ar, exigindo mais hidratação.

Evite exposição ao sol nos horários de pico (entre 10 e 17 horas)

Cuide da proteção da pele. O protetor solar não pode ser esquecido, independente da exposição direta ou não ao sol. O fator de proteção deve ser alto e a textura do produto mais oleosa, para que a perda d’água da pele seja menor.

Matéria ambientada.