CGN/LD
Corumbá amanheceu com céu encoberto por fumaça nesta quinta-feira (2), proveniente das queimadas registradas na Bolívia e no estado vizinho, Mato Grosso. No Brasil, MS e MT integram a lista de declaração de emergência ambiental por conta do aumento da estiagem.
Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Mato Grosso já registrou 4.201 focos de incêndio este ano, 70 somente em maio.
O instituto também identifica focos em outros países da América do Sul e contabilizou 1.488 pontos de calor este ano, a maioria, em Santa Cruz, 986. Nos dois primeiras dias de maio, 4 incêndios persistem.
A proximidade do aumento da estiagem e oscilação da temperatura, em que o País registra sucessivas ondas de calor, mesmo no outono, fez o Ministério do Meio Ambiente decretar emergência por conta do risco de incêndios florestais.
De março a outubro, foram enquadradas as regiões centro-norte e leste de Mato Grosso do Sul. A partir de maio até dezembro, o Pantanal e o sudoeste do Estado.
Em relação a Mato Grosso, também de maio a dezembro, o risco foi classificado para a região sul do Estado. De abril a novembro, sudoeste, nordeste, sudeste e norte de MT.
A situação de MT sempre é de alerta para MS, a exemplo do que aconteceu em janeiro deste ano, quando o fogo “pulou” a divisa e atingiu a Serra do Amolar, que faz parte do Pantanal, em Corumbá.
Em abril, o governo estadual divulgou medidas de combate aos incêndios florestais, entre elas, a queimada prescrita, sistema que objetiva identificar área de risco e evitar situações já vividas anteriormente no bioma.
Na prescrita, é o Estado quem mapeia, por meio de sistema de satélite, os locais onde há biomassa crítica (conjunto de resíduos de origem animal ou vegetal), que potencializa a ocorrência de queimadas. Agora em maio, seis fazendas vão passar pela queima prescrita.