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A onça-pintada Aroeira entrou em um açude com os filhotes Jatobá e Jacarandá nesta quinta-feira (20), em Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande, para escapar do calor de 35°C no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O trio buscou a água depois de circular pela área da Caiman, onde vive sob monitoramento da equipe do Onçafari. A fêmea decidiu entrar no açude porque precisava se refrescar, beber água e se proteger das mutucas, que atacam até o maior felino das Américas.
O guia Lucas Morgado registrou a cena em vídeo durante uma das atividades de campo realizadas pela reserva. Aroeira caminhou até a borda do açude e entrou na água com firmeza, mantendo o corpo parcialmente submerso enquanto observava a área ao redor. Os filhotes seguiram o movimento da mãe e formaram uma espécie de “piscina natural”, que virou o ponto de encontro da manhã quente no Pantanal.
Os pequenos nadaram com facilidade e mostraram a habilidade da espécie em ambientes aquáticos. Aroeira permaneceu sentada na beira do açude e observou cada movimento dos filhotes, que avançaram pela água e retornaram ao lado dela várias vezes. O banho trouxe alívio para o calor e funcionou como barreira natural contra os insetos, que se tornam mais agressivos nos dias de temperatura elevada.
As mães introduzem os filhotes ao contato com a água desde cedo, e o comportamento reforça a importância da natação para a espécie no Pantanal. Aroeira repete essa rotina sempre que encontra áreas seguras e com boa disponibilidade de água. As imagens mostraram que o açude serve como espaço de descanso, prática e socialização para a família.
Aroeira é monitorada pela equipe da Caiman desde 2020, ano em que nasceu e começou a circular pelas trilhas da reserva. A fêmea se tornou uma das onças mais observadas pelos pesquisadores, que acompanham seus deslocamentos e o crescimento de Jatobá e Jacarandá. O registro feito nesta semana mostrou mais um capítulo da vida da família e reforçou a importância das áreas preservadas do Pantanal.
O Onçafari publicou o vídeo nas redes sociais e destacou o comportamento da fêmea durante a manhã de calor intenso. A equipe afirmou que a cena traduz a rotina das onças-pintadas em períodos de altas temperaturas e chamou atenção para a relação da espécie com a água. O registro ganhou destaque entre turistas, pesquisadores e admiradores da fauna do Pantanal.