CGN/LD
Nesta quarta-feira (19), o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) irá para o Pantanal para iniciar os resgates de animais silvestres que foram vítimas dos incêndios que ocorrem na região.
Ao todo, 30 integrantes irão participar dos resgates, ao chegar em Corumbá, o grupo receberá o reforço de mais técnicos. A equipe está a caminho do município nesta terça-feira (18).
Para chegar até os locais onde estão os focos de incêndio, a equipe seguirá de barco. Esse primeiro grupo ficará 10 dias em campo, se houver necessidade serão substituídos por outros técnicos que darão continuidade aos resgates.
Conforme divulgado, a princípio, o grupo irá agir com ações preventivas, auxiliando na fuga e retirada das espécies em áreas de risco. O órgão informou que conforme os animais têm se deslocado conforme o fogo avança. Até o momento, não há registro sobre grandes mamíferos que foram atingidos pelas chamas.
Os animais que forem encontrados necessitando de cuidados, serão atendidos no local. Após os primeiros atendimentos, as espécies serão levadas aos centros de reabilitação de Corumbá e Campo Grande. Viaturas da PMA (Polícia Militar Ambiental), Corpo de Bombeiros e Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) estão prestando apoio à equipe de resgate.
Sobre o Gretap -O Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal surgiu em 2020, quando houve outro incêndio de grandes proporções no Pantanal Sul-Matogrossense. Neste ano a equipe trabalhou nos resgates dos animais vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, conseguindo resgatar aproximadamente 1.200 animais domésticos e silvestres.
Incêndios em MS - Levantamento divulgado hoje pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), com base em informações da Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélite) e do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que o fogo já consumiu 338.675 hectares do Pantanal em Mato Grosso do Sul, área que equivale a 313,5 mil campos de futebol.
Os dados de 1º de janeiro a 16 de junho mostram que somente na Serra do Amolar foram 114.97 mil hectares. Em comparação a 2023, os números mostram o quanto a situação é alarmante. Naquele ano, em igual período, foram 17.050 hectares queimados no Pantanal, o que representa, atualmente, em alta de 1.886,4%.