CE/PCS
Estiagem que já dura 50 dias em Mato Grosso do Sul e 38 dias em Campo Grande é a mais longa desde 2008, quando foram registrados 27 dias sem chuva. E o problema deve continuar pelo menos nos próximos onze dias. Por enquanto, a previsão é de ausência de chuva até o dia 6 de agosto.
Caso a estimativa se concretize, o Estado e a Capital poderão chegar a dois meses e 48 dias sem chuva, respectivamente.
Mas a estiagem pode durar ainda mais, especialmente por conta da situação climática do Brasil.
“Continua sem previsão de chuva, pelo menos nos próximos dias não tem nada. A situação é séria, de alerta. O que chamamos de centro de alta pressão, popularmente conhecida como massa de ar, bloqueia o avanço de qualquer sistema que chega do sul do Estado, que se dissipa e vai para o oceano. Enquanto estiver chovendo no Nordeste, aqui no Centro-Oeste permanece como está. É uma gangorra, e a dinâmica tem este comportamento influenciado pela Amazônia”, explica o meteorologista Natálio Abrahão Filho.
A situação é de alerta também por causa da baixa umidade relativa do ar, com mínimas em 15% e máximas de 25%, e das queimadas nas áreas urbana e rural.
Em Campo Grande, por exemplo, o longo período sem chuva elevou o número de incêndios em vegetação em 84,6%, nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Os casos passaram de 339 em 2016 para 626 em 2017.