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Parado, sem previsão de término e R$ 1,4 milhão mais caro. Esse é o retrato do Aquário do Pantanal, a gigante elipse erguida nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, com o plano de ser o maior empreendimento de água doce do mundo.
Em agosto de 2016, a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) calculava valor de R$ 67.371.873,99 para conclusão da parte física e peixes. Já a nova previsão de custo, atualizada em janeiro deste ano, é de R$ 68.854.059,19.
Ainda conforme a secretaria, atualmente, os contratos com a Egelte Engenharia, Fluidra Brasil e Climateck Climatização estão parados à espera do fim de tratativas do governo com as empresas. O prazo para a conclusão da obra também está atrelado ao fim dessa negociação.
O contrato inicial, datado de 2011, era de R$ 84 milhões e foi ajustado em 25%, teto permitido pela Lei de Licitações. Sem poder acrescentar mais verbas ao contrato principal da obra, o Poder Executivo tentou parceria com a iniciativa privada para a conclusão.
A tentativa, que acabou frustrada, era de que o grupo Cataratas do Iguaçu, vencedor da licitação para administrar o local depois de pronto, financiasse a conclusão do empreendimento.
A promessa do secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, é de que a obra seja entregue no próximo ano. “Eu posso dizer que nós vamos terminar o Aquário do Pantanal até 2018, de que forma ainda não sabemos, mas vamos terminar essa obra. Nem que tenha que eu e o governador ir lá trabalhar na obra, com certeza vamos terminar”, declarou em entrevista no mês de fevereiro.
A história do Aquário começou em fevereiro de 2011, quando a Egelte Engenharia venceu licitação para construir o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do empreendimento, por R$ 84 milhões. A ordem de serviço data de maio daquele ano.
Cívico - Em 2014, a construção foi repassada em subempreita para a Proteco Construções. O então governador André Puccinelli (PMDB) informou que se tratava de um “mutirão cívico” para concluir o projeto.
Contudo, gravações da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal), apontam uma frenética negociação para que a obra trocasse de mãos e ganhasse aditivo de R$ 21 milhões.
No ano passado,o empreendimento voltou para a Egelte. Entretanto, apesar da reativação de contrato, a obra não caminhou de fato e contabiliza custo superior a R$ 200 milhões.
O Aquário foi planejado para ter 24 tanques, somando um volume de água de aproximadamente 6,2 milhões de litros e 12.500 animais subdivididos em mais de 260 espécies.