G1/PCS
A Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul deflagrou na manhã desta segunda-feira (14), em Corumbá e em Campo Grande, buscas por responsáveis por queimadas em áreas de preservação permanentes e na Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense.
O objetivo da operação Matáá é cumprir 10 mandados de busca e apreensão. As ações integram a investigação criminal sobre o dano a 25 mil hectares de vegetação da região, que fica na divisa com o Mato Grosso. Para chegar aos endereços dos alvos, os policiais estão usando, inclusive, barco. Alguns dos procurados estão em áreas de difícil acesso.
Não há mandados de prisão expedidos, porém, podem ocorrer prisões em flagrante nos locais onde estão sendo feitas as buscas e apreensões. A PF não deu detalhes sobre como chegou aos responsáveis e nem divulgou quem são.
Conforme a PF, os suspeitos de colocarem fogo na região poderão responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a unidades de conservação, incêndio e poluição (Art. 54, da Lei no 9.605/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.
Durante a investigação, foi realizada perícia nas áreas afetadas e oitivas dos envolvidos. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Corumbá.
A operação foi denominada Matáá, que significa fogo no idioma guató, é em referência aos índios pantaneiros Guatós que vivem nas proximidades das áreas atingidas.
Queimadas
Desde o início do ano, o Pantanal sofre com queimadas. Segundo os últimos dados divulgados pelo Ibama, são 2.349.000 hectares de áreas destruídas pelo fogo, sendo 1.259.000 hectares no Mato Grosso e 1.081.000 hectares em Mato Grosso do Sul.
No final de agosto, uma chuva forte deu fim a muitos focos na região de Corumbá e aliviou a fumaça que encobria a cidade. No momento, a situação é mais crítica no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, em Costa Rica e Alcinópolis.
Uma força-tarefa foi criada para combater o fogo na região, que atinge a unidade de conservação e também fazendas.