G1/PCS
Dois anos e cinco meses se passaram após o desastre ambiental que matou 19 pessoas em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, e ainda não há um diagnóstico dos danos socioeconômicos causados pelo “mar de lama” da mineradora Samarco. O prazo para que a empresa, a Vale, a BHP Billiton e o Ministério Público Federal (MPF) entreguem na 12ª Vara Federal do estado um plano que defina ações de reparação termina nesta sexta-feira (20).
Caso o acordo não seja homologado, a ação do MPF no valor de R$ 155 bilhões, que havia sido suspensa em julho de 2017 pela Justiça Federal, volta a tramitar normalmente.
Além dela, a ação movida pela União, por estados e órgãos ambientais, que determinava a criação de um fundo no valor de R$ 20 bilhões por parte das mineradoras para recuperar a Bacia do Rio Doce em 15 anos, e que foi interrompida em janeiro do ano passado, também pode ser reativada.
A princípio, o prazo para apresentação do acordo final era 30 de junho de 2017. Depois ele foi prorrogado para outubro, depois para novembro e finalmente para esta sexta-feira (20).
Parte do acordo, que cuida dos danos socioambientais, foi homologada em março do ano passado.
Procurados pelo G1, a BHP Billiton, a Vale, a Samarco e o MPF preferiram não comentar o fim do prazo.
Desastre de Mariana
Considerado o maior desastre ambiental do país, o rompimento da barragem de Fundão – pertencente à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton – ocorreu em 5 de novembro de 2015, causando 19 mortes.
Após o rompimento da barragem de Fundão, o rejeito de minério ainda encobre áreas devastadas. Milhões de metros cúbicos da lama seguem espalhados, deixando marcas no meio ambiente.