\n \n O\n Brasil está na rota principal do tráfico de drogas para os países da África\n Ocidental, por intermédio, principalmente, da ação de grupos organizados\n liderados por africanos. A conclusão está no relatório Crime Organizado Transnacional na\n África Ocidental, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre\n Drogas e Crimes (Unodc) – vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo\n documento, o tráfico de cocaína é a atividade mais lucrativa.\n \n O\n relatório informa, porém, que houve uma queda no tráfico de cocaína, se\n comparado o período de 2010nbsp; a 2007. Uma das hipóteses é que o tráfico de\n drogas tenha sido afetado pelos impactos da crise econômica internacional. Mas\n a cocaína não é a droga ilegal traficada na região, há também a produção e o\n tráfico de metanfetamina e de medicamentos falsificados.\n \n “Grande\n parte da cocaína destinada à África Ocidental hoje vem do Brasil, onde os\n grupos criminosos [liderados por] nigerianos exportam a droga”, diz o\n relatório, informando que as mudanças de rota são constantes e que atualmente é\n comum o uso da navegação marítima, além dos aviões e correios.\n \n Na\n África Ocidental, houve registro de aumento do tráfico no Benin, principalmente\n por avião. Segundo o documento, a produção de metanfetaminas na Nigéria, por\n exemplo, é “uma preocupação crescente”.\n \n Para\n os especialistas do Unodc, a crise econômica internacional reduziu o fluxo de\n contrabando envolvendo cidadãos da África Ocidental em direção à Europa. Até\n então, era crescente o movimento migratório decorrente do tráfico de drogas da\n África para o Leste da Europa. O relatório indica ainda a permanente conexão\n entre drogas e armas.
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\n No documento, a Líbia, que ainda vive sob clima de instabilidade política, é um\n dos principais focos de distribuição de armas na região, inclusive para o Mali\n – que enfrenta um momento de confronto armado entre integrantes do governo e de\n grupos islâmicos extremistas.\n \n O\n relatório alerta sobre o aumento dos remédios falsificados. Pelo menos 10% dos\n medicamentos importados na África Ocidental são de origem duvidosa. Para os\n especialistas, a “pirataria marítima” deve ser foco de atenção nas regiões da\n Somália, Guiné,do Benin e Togo. O documento completo, elaborado pela Unodc,\n pode ser obtido na\n página da agência.\n \n \n \n \n