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Mundo
27/01/2014 07:41:59
Hospital desliga aparelhos de grávida com morte cerebral após ação judicial
Um hospital do Texas desconectou os aparelhos de uma mulher grávida com morte cerebral neste domingo (26), com o apoio de uma ação judicial iniciada por seu marido, afirmaram seus advogados.

G1/LD

\n \n \n \t Um hospital do Texas desconectou os aparelhos de uma mulher grávida com\n morte cerebral neste domingo (26), com o apoio de uma ação judicial \n iniciada por seu marido, afirmaram seus advogados.\n \n \t Para proteger o feto, a legislação do Texas proíbe que hospitais \n desliguem os aparelhos de pacientes grávidas, mesmo em casos como o de \n Marlise Munoz, que assinou um pedido de "não ressuscitação". Mas o \n marido dela entrou com uma ação judicial, argumentando que o feto estava\n definhando em seu corpo sem vida.\n \n \t A rede JPS Health, que dirige o hospital, afirmou que não poderia \n confirmar o desligamento dos aparelhos, citando políticas de \n privacidade. Mais cedo, o hospital disse em comunicado que removeria o \n tratamento de "manutenção vital" de Munoz, mas não deu detalhes de \n quando isso ocorreria.\n \n \t Na sexta-feira, o juiz distrital R.H. Wallace decidiu que Munoz estava \n legalmente morta e deu ao hospital John Peter Smith o prazo de até \n segunda-feira para remover os aparelhos.\n \n \t Um advogado da família de Munoz disse que o hospital desconectou seus \n aparelhos e a entregaram a seu marido, Erick Munoz, às 11h30 neste \n domingo.\n \n \t O caso
\n \t Marlise Muñoz, de 33 anos, sofreu uma embolia pulmonar no final de \n novembro e foi declarada então com morte cerebral. O fato de Muñoz já \n ter sido declarada morta e as provas de que o feto sofreu graves \n consequências foram dois elementos cruciais para a decisão do juiz.\n \n \t Durante a disputa, que provocou um grande debate social nos EUA sobre o\n que implica ser declarado com morte cerebral, os juristas que respaldam\n a postura da família explicaram que a lei texana - como a de outros 20 \n estados - se refere a mulheres grávidas em estado vegetativo ou de coma,\n não com morte cerebral.\n \n \t O outro elemento decisivo foi o estado do feto, de 22 semanas, que não \n era "viável", um ponto que os advogados da família defenderam esta \n semana. "As extremidades inferiores se deformaram de modo que o gênero \n do feto não pode ser determinado", argumentaram.\n \n \t Desde o princípio, a família considerou desumano que o feto continuasse\n crescendo sob essas circunstâncias, em um corpo clinicamente morto e \n sem um funcionamento correto, além do embrião ter sofrido a mesma falta \n de oxigênio da mãe durante a embolia pulmonar.\n \n \t O juiz ressaltou que, se estivesse viva, a mãe teria abortado diante dos danos sofridos pelo feto.
\n \t A resolução do juiz responde a pedido que o marido, Erick Muñoz, em \n nome também dos pais da paciente, apresentou em 14 de janeiro para que a\n justiça apoiasse sua vontade de desconectar Marlise do respirador.\n \n