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O homem que provocou uma explosão em uma estação de metrô e ônibus no centro de Manhattan, em Nova York, foi indiciado por apoio ao terrorismo. A polícia anunciou nesta terça-feira (12) que Akayed Ullah, de 27 anos, responderá também por posse ilegal de arma e por fazer ameaça terrorista.
Na segunda-feira (11), um artefato amarrado a seu corpo do bengali com velcro e zíperes explodiu, deixando três pessoas levemente feridas. Ele foi internado com queimaduras e lacerações e permanece sob custódia da polícia americana.
Policiais disseram que Ullah teria inspiração nos radicais do Estado Islâmico, mas não tinha contato com o grupo terrorista, segundo informou na segunda-feira a agência Associated Press.
A polícia de Bangladesh identificou a mulher do suspeito como Jannatul Ferdus Piya, de 25 anos, e agentes do serviço de contra-terroristas de Bangladesh a interrogaram nesta terça. O pai de Ullah também foi interrogado. Mas nenhum deles é considerado suspeito.
Um amigo da família de Ullah afirmou à agência AFP que ele se casou há dois anos, mas não levou sua mulher para os Estados Unidos.
As forças policiais de Bangladesh informaram que ele não era conhecido do serviço de inteligência bengali. Eles tentaram saber se Ullah se radicalizou em Bangladesh, país que sofreu muitos atentados jihadistas nos últimos anos, mas não acharam elementos a respeito.
"Até agora, seu nome não está em nossa longa lista de pessoas radicalizadas ou membros de grupos terroristas em Bangladesh ou no exterior", declarou Sanwar Hosain, chefe da unidade de contraterrorismo. Autoridades disseram que ele nunca foi condenado em seu país.
O inspetor geral da polícia local afirmou, com base nas informações emitidas através da análise do número de passaporte de Ullah, que ele visitou Bangladesh pela última vez em setembro.
O suspeito, que vive nos EUA desde 2011 e tem status legal de residência permanente, teve uma licença para dirigir táxis e limusines de aluguel entre os anos de 2012 e 2015. A CNN afirma que Ullah morava com o irmão no Brooklyn e que, recentemente, fez um trabalho como eletricista perto do terminal de ônibus da Port Authority (onde provocou a explosão).
Explosão
A explosão ocorreu na estação que fica no cruzamento da Rua 42 com a 8ª Avenida, por onde passam três linhas de metrô e está também o terminal de ônibus da Port Authority.
O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, informou que o artefato é de "baixa tecnologia" -- trata-se de uma bomba caseira que o suspeito tinha amarrada a seu corpo com velcro e zíperes.
Investigadores afirmaram que ele possuía dois artefatos. O dispositivo que detonou tinha pólvora, bateria, fios, pregos e parafusos, de acordo com uma fonte que acompanha a investigação ouvida pela CNN.
O prefeito da cidade, Bill de Blasio, tratou o caso como uma "tentativa de ataque terrorista" que não deu certo.
Motivação da ação
CNN e a CBS News afirmaram que ele teria dito a autoridades que agiu em reação às ações de Israel em Gaza. Na quarta-feira (6), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que reconhece Jerusalém como capital de Israel. Tal reconhecimento é polêmico, uma vez que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação israelense sobre a cidade como um todo.