Mundo
08/12/2012 08:32:39
Bolívia inicia processo de adesão ao Mercosul
O presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou nesta sexta-feira, 7, em reunião de cúpula do Mercosul, em Brasília, o protocolo de adesão para que o país se torne o sexto membro-pleno do bloco.
Estadão/HJ
\n \n O\n presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou nesta sexta-feira, 7,nbsp;em\n reunião de cúpula do Mercosul, em Brasília, o protocolo de adesão para que o\n país se torne o sexto membro-pleno do bloco. A assinatura dá início a\n negociações formais para o ingresso, que, no entanto, depende da chancela dos\n Congressos de cada país-membro para se concretizar.\n \n Atualmente,\n a Bolívia é um Estado associado ao Mercosul, ao lado de Chile, Peru, Colômbia e\n Equador. Os membros plenos do grupo são Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e\n Venezuela. \n \n Em\n discurso na abertura da cúpula, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a\n entrada da Bolívia tornaria o Mercosul "muito mais forte".\n "Queria em nome de todos os países dar as boas-vindas ao nosso querido\n presidente Evo Morales e a todo o povo boliviano, que traz para nós uma cultura\n diversificada, uma cultura dos povos indígenas que muito nos orgulha." \n \n Em\n novembro, o presidente boliviano Evo Morales aceitou o convite para ingressar\n no Mercosul. No entanto, ele afirmou que o país não pretende deixar o outro\n bloco econômico regional a que pertence, a Comunidade Andina de Nações (CAN) -\n o que pode criar dificuldades à adesão. \n \n Caso\n a adesão se concretize, o Mercosul terá outro integrante da região andina além\n da Venezuela. Segundo analistas, a expansão do bloco pela região tem sido\n favorecida pelos acordos bilaterais de livre-comércio fechados nos últimos anos\n entre os Estados Unidos e três países andinos (Peru, Chile e Colômbia). \n \n Os\n acordos impuseram restrições ao desenvolvimento da CAN, e o Mercosul passou a\n ser visto por alguns países da região como uma alternativa para a integração\n com vizinhos. Dilma afirmou que o Mercosul também discute o ingresso do\n Equador, outro membro da CAN. Momentos antes, porém, o presidente equatoriano,\n Rafael Correa, sinalizou que há grandes entraves à adesão do país. \n \n "Ao\n entrar no Mercosul, teremos que adotar as tarifas comuns. Isso limita a nossa\n política externa comercial e particularmente a política tarifária, então\n estamos acabando todos os estudos para tomar uma decisão definitiva",\n disse Correa, ao chegar ao encontro em Brasília. \n \n Venezuela \n \n Mesmo\n que Equador e Bolívia optem por entrar no bloco, o regimento do Mercosul\n condiciona adesões à chancela dos Congressos dos países-membros. Único país não\n fundador a pleitear o ingresso no bloco até agora, a Venezuela levou seis anos\n para concretizar sua demanda e só conseguiu fazê-lo em circunstâncias\n excepcionais. \n \n Até\n junho deste ano, o ingresso venezuelano dependia apenas de aprovação do\n Congresso paraguaio, que ainda não havia apreciado o tema. Naquele mês, o\n Paraguai foi suspenso do Mercosul em represália ao impeachment relâmpago do\n então presidente Fernando Lugo, que o bloco considerou uma violação da\n democracia. \n \n Na\n reunião seguinte do bloco, em julho, os outros membros aproveitaram a ausência\n do Paraguai e anunciaram a adesão venezuelana. Assunção, contudo, jamais\n aceitou a entrada e reclama o direito de anulá-la. O Paraguai só deve voltar ao\n Mercosul após realizar as próximas eleições presidenciais, em abril de 2013. O\n país não se pronunciou sobre a adesão da Bolívia. \n \n Estudantes
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\n Além de tratarem da expansão do Mercosul, que inclui pedido do Suriname para\n ser Estado associado, os membros do bloco anunciaram nesta sexta a criação de\n um programa regional de intercâmbio estudantil, o SIM (Sistema Integrado de\n Mobilidade Acadêmica) Mercosul. O programa financiará bolsas para estimular a\n circulação de estudantes na região. \n \n A\n iniciativa é inspirada no programa de intercâmbio estudantil da União Europeia,\n o Erasmus. Segundo Dilma, o SIM Mercosul aumentará o "interesse e o\n envolvimento das novas gerações no processo de integração regional". \n \n A\n presidente também anunciou a criação de um fundo que apoiará pequenas e médias\n empresas que promovam a integração regional. \n \n \n \n \n
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\n Além de tratarem da expansão do Mercosul, que inclui pedido do Suriname para\n ser Estado associado, os membros do bloco anunciaram nesta sexta a criação de\n um programa regional de intercâmbio estudantil, o SIM (Sistema Integrado de\n Mobilidade Acadêmica) Mercosul. O programa financiará bolsas para estimular a\n circulação de estudantes na região. \n \n A\n iniciativa é inspirada no programa de intercâmbio estudantil da União Europeia,\n o Erasmus. Segundo Dilma, o SIM Mercosul aumentará o "interesse e o\n envolvimento das novas gerações no processo de integração regional". \n \n A\n presidente também anunciou a criação de um fundo que apoiará pequenas e médias\n empresas que promovam a integração regional. \n \n \n \n \n