\n \n O Brasil está trabalhando junto ao de governo da Venezuela para\n garantir que novas eleições sejam convocadas no caso da morte do presidente\n Hugo Chávez, atualmente em Cuba para tratamento médico. Segundo afirmaram\n fontes à agência Reuters, Brasília expressou o entendimento diretamente a vice\n e presidente interino em Caracas, Nicolás Maduro. \n \n "Nós estamos dizendo de modo explícito que, se Chávez morrer,\n nós gostaríamos de ver eleições o mais rápido possível”, disse um representante\n brasileiro na condição de anonimato. "Entendemos que este é o melhor\n caminho para garantir uma transição democrática e pacífica, que é o principal\n desejo do Brasil", continuou. \n \n Em termos teóricos, tal pedido de Brasília representa a simples\n preocupação com a observância da Constituição venezuelana. Nela, determina-se\n que, caso o presidente venha a falecer até o final do quarto ano de mandato,\n novas eleições devam ser convocadas em até 30 dias, período durante o qual o\n país seria interinamente presidido pelo líder da Assembleia Nacional. \n \n A postura, entretanto, vai contra os temores de que Brasília\n estaria prestando apoio político o chavismo. O governo de Dilma Rousseff viu\n com bons olhos a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela de\n adiar a posse de Chávez, prevista pela Carta Magna para o dia 10 de janeiro,\n mas impossibilitada pela doença de Chávez. Setores da oposição venezuelana e\n críticos do chavismo desaprovaram a decisão brasileira de apoiar o que\n consideraram uma manobra que feriu a constituição. \n \n Convocada por opositores a se pronunciar sobre o assunto, a\n Organização dos Estados Americanos (OEA) respeitou a decisão da Suprema Corte\n de Caracas. Dilma Rousseff e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, não\n compareceram ao evento convocado pelo governo de Chávez que substituiu a\n cerimônia de posse, acedida por líderes latinos, entre os quais o presidente do\n Uruguai, José Mujica. \n \n Hugo Chávez foi reeleito para um inédito quarto mandato\n (2013-2019) no pleito de outubro de 2012. Em meados do ano passado, chegou a\n declarar-se curado do câncer contra o qual lutava havia mais de um ano, mas, em\n dezembro, surpreendeu a esfera pública venezuelana ao comunicar que embarcaria\n para Havana, onde se submeteu, no dia 11 desse mês, a uma quarta cirurgia.\n Desde então, Chávez está em Cuba, sem ter fotos ou pronunciamentos tornados\n públicos. \n \n \n \n \n