O\n Canadá vai doar uma pequena quantidade de uma vacina experimental \n contra o Ebola desenvolvida em seu laboratório estatal à Organização \n Mundial de Saúde (OMS) para uso na África, afirmou o Ministério da Saúde\n nesta terça-feira (12). \n A decisão de doar a vacina foi tomada depois que a OMS disse nesta \n terça-feira que era ético oferecer medicamentos não testados para \n pessoas infectadas pelo vírus. \n O governo canadense vai doar entre 800 a 1.000 doses da vacina, com o \n número final dependendo da quantidade que Canadá reterá para pesquisa e \n ensaios clínicos. O governo também vai manter um pequeno volume caso \n seja necessário usar no mercado interno. \n A ministra da Saúde, Rona Ambrose, disse que ofereceu a vacina à diretora-geral da OMS, Margaret Chan. \n Os EUA também trabalham em uma vacina, e a OMS e os governos envolvidos \n discutem o possível uso na África, disse à Reuters o vice-chefe de saúde\n pública da Agência de Saúde Pública do Canadá, Greg Taylor, em uma \n entrevista antes do anúncio canadense. \n O Canadá tem apenas cerca de 1.500 doses da vacina para animais, que \n inventou há alguns anos, e precisaria de quatro a seis meses para \n produzir uma grande quantidade, disse. A vacina do governo é um produto \n separado do tratamento que está sendo desenvolvido pela farmacêutica \n canadense Tekmira Pharmaceuticals. \n "Vemos isso como um recurso global, algo que temos de colocar sobre a \n mesa global para dizer... como podemos fazer melhor uso desse recurso? \n Estamos tentando fazer isso o mais rápido possível", disse Taylor, \n falando de Ottawa. \n O surto de Ebola é o maior e mais mortal do mundo. Até o momento, 1.013 \n pessoas morreram, a grande maioria em Guiné, Libéria e Serra Leoa. \n A vacina canadense, que a agência licenciou para comercialização à \n empresa norte-americana BioProtection Systems, uma unidade da Newlink \n Genetics, provou ser eficaz em animais, mas nunca foi testada em seres \n humanos, disse Taylor. \n Na semana passada, a NewLink afirmou que a BioProtection tem um contrato\n com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para que sejam \n realizados estudos a fim de desenvolver testes da vacina em humanos.