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Fontes do judiciário argentino acreditam que o investidor de criptomoedas argentino Fernando Pérez Algaba, de 41 anos, tenha sido morto em um acerto de contas envolvendo uma dívida.
O corpo do influencer conhecido como “Lechuga” foi encontrado esquartejado dentro de malas jogadas no Córrego Rey, em Lomas de Zamora, cidade da região metropolitana de Buenos Aires. Dois braços de duas pernas foram encontrados em uma mochila, depois foi achado o torso e, por fim, a cabeça foi encontrada em uma terceira mala. Análise de especialistas confirmou tratar-se do empresário desaparecido há mais de uma semana.
Pessoas ligadas à vitima informaram à Justiça que entre 18 e 19 de julho o influencer foi contatado por seus devedores e levado a um condomínio na Grande Buenos Aires, onde teria recebido US$ 200 mil (cerca de R$ 944 mil), mas ao sair do local foi sequestrado por bandidos à mando dos devedores, que pegaram o dinheiro de volta, o levaram a um cativeiro e o mataram após 4 dias.
Entretanto, por enquanto o que se tem de prova real são as mensagens que ele vinha recebendo e as anotações que deixou no bloco de notas de seu celular afirmando que algo poderia acontecer com ele.
As ameaças estariam ligadas ao filho de um dos integrantes da torcida organizada do Boca Juniors, de quem o empresário teria perdido uma grande soma de dinheiro investido em seu negócio de criptomoedas, segundo apurou o jornal La Nacion.
Em uma das mensagens deixadas por Algaba no bloco no notas de seu celular, ele diz: “Olá, bem, em princípio peço desculpas a todas as pessoas por ter falhado com elas e não poder pagar o que me deram. A princípio isso começou como um investimento em criptomoedas e, aos poucos, saiu do controle. Nada do que aconteceu foi de propósito. Em cada nova tentativa de avançar havia sempre a possibilidade de recuperar o que se perdeu. E aí estava o erro”, escreveu Algaba, deixando claro que não faltaram inimigos e motivos para o crime.
Em uma das mensagens que havia recebido lia-se: “Vou cruzar com você e vou matá-lo. Você foi salvo por cinco minutos”. O empresário respondeu: “Sim, eu sei que você é um barrabrava (membro da torcida organizada) do Boca e todo mundo beija sua mão”.
A polícia ainda tenta entender como funcionava as atividades comerciais do empresário, mas o que se sabe é que ele devia dinheiro a investidores que deram dinheiro para compra de criptomoedas. Não está claro se foi um investimento que deu errado ou se ele atraia investidores com promessas de ganhos milionários e depois não devolvia o dinheiro que os clientes investiam.