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Mundo
12/03/2020 10:07:00
Dólar dispara no Brasil em mais um dia de tensões no mercado
O dólar está a operar hoje em forte alta face à moeda brasileira, o real, superando pela primeira vez na história a marca de 5,01 reais para cada dólar, em mais um dia de turbulência nos mercados.

Lusa/PCS

A nova desvalorização da moeda brasileira ocorre após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter classificado o surto de coronavírus como uma pandemia e depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter proibido viagens de pessoas que estão na Europa para os Estados Unidos por 30 dias.

Às 10:10 (hora local de Brasília, 13:00 em Lisboa), a moeda norte-americana subia 4,85% face ao real e cada dólar era comercializado a 4,94 reais.

Na abertura do mercado brasileiro, porém, o dólar chegou a saltar mais de 6%, sendo vendido a 5,02 reais, nova máxima nominal registrada no país.

No Brasil, foram registrados oficialmente 52 casos do Covid-19, segundo um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do país na quarta-feira à tarde, mas a imprensa local aponta para pelo menos 69 casos, contabilizando informações atualizadas durante a noite.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infectados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registrados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A China registrou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quarta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infectados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infectados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.