As operações de busca do Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido no\n sábado (8) foram ampliadas ao Mar de Andamão, a centenas de quilômetros a\n noroeste do perímetro inicialmente estabelecido, informou nesta quarta-feira\n (12) um funcionário malaio.\n \n "Sim, acima de Sumatra se encontra o Mar de Andamão", disse à AFP\n o chefe da Aviação Civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, respondendo a uma\n pergunta sobre a ampliação da área de busca.\n \n O Mar de Adamão é limitado ao norte pela ilha indonésia de Sumatra, e ao\n leste e ao norte por Tailândia e Myanmar (antiga Birmânia).\n \n A ampliação da área foi anunciada após a Força Aérea da Malásia informar que\n o avião do voo MH370 mudou de rota antes de sumir com 239 pessoas a bordo, de\n acordo com leitura de radares.\n \n A\n aeronave da Malaysia Airlines virou para a direção oeste, desviando do caminho\n previsto entre as cidades de Kuala Lumpur e Pequim. Por isso, as buscas pelos\n destroços foram ampliadas.\n \n Hipóteses
\n Segundo o chefe de polícia Khalid Abu Bakar, há quatro hipóteses de\n envolvimento humano no desaparecimento: sequestro, sabotagem, problemas\n psicológicos e problemas pessoais de passageiros ou de membros da tripulação.\n \n Especialistas\n afirmam que a presença de duas pessoas com passaportes roubados no avião revela\n uma brecha de segurança, mas é relativamente comum em uma região considerada\n como um ponto de atração para a imigração ilegal.\n \n Falando\n em Paris nesta terça-feira, o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble,\n contou que os dois haviam trocado seus passaportes iranianos em Kuala Lumpur\n por passaportes roubados italiano e austríaco para embarcar no avião.\n \n A\n declaração das autoridades reforça um relato feito à BBC em Kuala Lumpur por um\n jovem iraniano que diz ser amigo de infância de um deles.\n \n O rapaz\n diz que esteve com os dois iranianos antes de eles embarcarem no voo da\n Malaysia Airlines para Pequim e que ambos tinham a esperança de se estabelecer\n na Europa.\n \n Relatórios\n da Tailândia sugerem que os homens compraram também dois bilhetes para viajar\n de Pequim para Amsterdã por meio de uma agência de viagens tailandesa e um\n intermediário iraniano.\n \n Caixa-preta
\n Está sendo procurado também o transmissor de localização de emergência (ELT, na\n sigla em inglês) do MH370. Mas especialistas advertem que o dispositivo nem\n sempre funciona em casos de acidentes aéreos sobre regiões marítimas.\n \n O avião\n tem também uma caixa-preta, que consiste nas gravações da cabine e no registro\n de dados do voo. Um sonar pode ajudar na sua localização, mas não a distâncias\n muito longas.
\n A Malásia acionou 18 aeronaves e 27 navios,\n incluindo uma embarcação capaz de detectar objetos a mil metros de\n profundidade.\n \n Um grande\n número de policiais marítimos e membros da Força Aérea também participam da\n busca. E países como China, Vietnã, EUA, Tailândia, Austrália, Cingapura,\n Indonésia e Filipinas também contribuem com navios e equipes de busca.\n \n A China -\n país de origem da maioria das pessoas a bordo do MH370 - enviou nove navios\n militares para a missão de resgate, um destroier e um veículo anfíbio, entre\n outras embarcações.\n \n No\n Vietnã, estão sendo mobilizados integrantes da Marinha, Força Aérea e Guarda\n Costeira, informa o serviço vietnamita da BBC - ressaltando, porém, que os\n equipamentos usados nas buscas são antigos, da era soviética.\n \n Longo\n alcance
\n Os EUA, por sua vez, enviaram um navio de sua Sétima Frota, que estava em\n treinamento no Mar do Sul da China. Helicópteros MH60 Seahawk, que conseguem\n operar mais de 10 horas consecutivas, têm sobrevoado o Golfo da Tailândia em\n busca de destroços, usando câmeras infravermelhas.\n \n Uma\n aeronave americana baseada em Okinawa, no Japão, também está na região, usando\n equipamentos de vigilância de longo alcance, com alcance de cerca de 4 mil\n quilômetros quadrados e que nesta segunda-feira faria buscas no Estreito de\n Malaca, a oeste da Malásia.\n \n "Do\n ar, conseguimos ver coisas tão pequenas como o tamanho de uma mão ou de uma\n bola de basquete. Então a questão não é se conseguimos ver ou não, mas sim que\n se trata de uma área muito ampla", disse à BBC William Marks, comandante\n da Sétima Frota dos EUA.\n \n A\n Austrália mandou equipamentos semelhantes à missão de busca da aeronave\n desaparecida, que tinha entre seus passageiros seis australianos e dois\n neozelandeses.\n \n O premiê\n australiano, Tony Abbott, disse que duas aeronaves de vigilância marítima da\n Força Aérea do país estão sendo empregadas na busca.\n \n E\n Cingapura mandou dois navios militares, um submarino - que ajudará nas buscas\n dentro do mar - e um barco de resgate, bem como um helicóptero e uma aeronave.\n \n \n