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O estudante de engenharia elétrica da Universidade de Brasília, Pedro Nehme, vai ser o primeiro brasileiro civil a ir para o espaço. Sua viagem ainda não está agendada, mas é certa, já que o universitário ganhou uma promoção mundial feita por uma companhia holandesa.
Na promoção, a companhia lançou a pergunta a internautas: quanto consegue subir um balão de alta altitude preenchido com hélio no deserto de Nevada? A resposta é 128 quilômetros.
Mas Pedro, além de acertar a pergunta, já estava bem preparado para a viagem. Ele foi estagiário da agência espacial brasileira e bolsista do Ciências Sem Fronteiras. Quando participou do programa, o estudante foi para Washington, nos Estados Unidos, onde estagiou na Nasa (Agência Espacial Americana, da sigla em inglês). Nos EUA, o futuro engenheiro trabalhava justamente com balões de alta altitude em um projeto de astrofísica.
No segundo semestre deste ano, Pedro vai começar a fazer testes no veículo espacial que o levará ao espaço. A partir deste momento, a viagem poderá ser marcada.
No entanto, Pedro começou treinamentos em simuladores para viajar em março, em uma centrífuga nos Estados Unidos, para adaptar seu corpo. Depois, o estudante fez voos com a Força Aérea brasileira em um caça F5.
Além disto, desde novembro do ano passado, Pedro tem condicionado seu físico e mudado sua dieta. Chocolate e cafeína podem acelerar o labirinto, por isso, o estudante deixou de consumir.
Em sua viagem real, Pedro afirmou, em entrevista à Rádio BandNews FM, que o maior problema será na reentrada na atmosfera. “Você passa de um lugar onde sente seu corpo praticamente sem peso nenhum para um lugar que você sente cinco vezes o peso do seu corpo. Esta transição é bastante complicada”, contou.
Seu voo vai durar de 45 minutos a 60 minutos. Pedro considera sua viagem curta, mas imagina que ver a Terra do espaço é maravilhoso.
Pedro vai decolar de Curaçau, no Caribe, e retornar para o mesmo local. Normalmente, a companhia holandesa cobra US$ 200 mil (R$ 658 mil) para levar uma pessoa ao espaço. O brasileiro vai pagar US$ 150 mil (R$ 494 mil).
O estudante de engenharia vai ser o segundo brasileiro a viajar para o espaço. O primeiro foi Marcos Pontes, tenente-coronel da Força Aérea, em 2006.