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O ex-presidente boliviano Evo Morales está na Argentina com status de refugiado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (12) pelo ministro de Relações Exteriores argentino, Felipe Sola, em um programa de televisão local.
Em novembro, Morales foi para o México após deixar a presidência, sob pressão das Forças Armadas bolivianas e em meio a uma onda de protestos por sua questionada reeleição em primeiro turno.
Na sexta-feira, ele viajou para Cuba para uma consulta médica, de acordo com Gabriela Montaño, ex-ministra da Saúde da Bolívia.
Antes da chegada de Evo à Argentina, o jornal "El País" afirmou, segundo fontes, que o objetivo de Evo é ficar mais perto da Bolívia e ter contato direto com os dirigentes do seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS). Os seus dois filhos também deixaram a Bolívia e foram para a Argentina ainda em novembro.
Evo vai ser um refugiado na Argentina, e não asilado político. O motivo para conceder essa condição precisa ser justificado. O refugiado tem mais direitos e obrigações do que o asilado, segundo as normas migratórias argentinas.
Em uma rede social, o boliviano agradeceu aos mexicanos que, segundo ele, salvaram sua vida. "Cheguei agora na Argentina para seguir lutando pelos mais humildes e para unir a pátria grande, estou forte e animado", disse ele.