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A Grécia aprovou na noite de terça uma lei que autoriza acordos de parceria civil entre pessoas do mesmo sexo, apesar de protestos e da oposição de partidos políticos e da Igreja Ortodoxa sobre a medida.
A nova regra não permite que os casais adotem crianças e nem dá os mesmos direitos de pensão, plano de saúde e pagamento de impostos que o casamento regular proporciona no país.
A Grécia autorizou as parcerias civis entre heterossexuais em 2008, mas excluiu casais do mesmo sexo. A diferença foi considerada discriminatória pela Corte Europeia de Direitos Humanos em 2013.
"Nós queremos essa parceria civil, mas queremos por completo", disse a ativista Dimitra Kyrilou. O primeiro-ministro Alexis Tsipiras disse que a mudança fecha "um ciclo de constrangimento para o Estado".
Tsipiras prometeu reformas sociais para mitigar o impacto negativo do resgate financeiro realizado no país. Em troca de empréstimos, os gregos precisam cumprir duras medidas de austeridade financeira.
A mudança foi aprovada por 193 dos 300 parlamentares. O Partido Comunista e a Igreja Ortodoxa criticaram a aprovação da medida.
Um número crescente de países europeus criaram leis que permitem uniões homoafetivas, como o Reino Unido, Espanha e Chipre, mas a questão permanece polêmica em vários outros países do continente.