Exame/PCS
O Japão vai elevar o salário mínimo em 3 por cento por ano a partir do próximo ano fiscal como parte de um pacote de políticas voltado ao fortalecimento dos gastos do consumidor e ao fomento do crescimento econômico.
O governo também vai fortalecer as políticas para garantir mais mulheres na força de trabalho e afrouxar as regulamentações para encorajar investimentos corporativos e dar nova vida à economia que tem lutado com uma demanda irregular.
As políticas também são um marco positivo para o banco central do Japão, já que podem movimentar o consumo privado e tornar mais fácil levar a inflação à sua meta de 2 por cento.
"Nós precisamos garantir o contínuo crescimento econômico sustentado no aumento dos salários, e o salário mínimo tem que ser incluído neste processo", disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe.
O aumento dos salários é uma tarefa urgente para as autoridades já que o governo busca elevar os gastos do consumidor, vistos como cruciais para impulsionar a demanda doméstica e tirar a economia de 15 anos de deflação.
A economia do país já caiu em recessão duas vezes desde que Abe assumiu o cargo no final de 2012, e seu governo está sob pressão para mostrar que é capaz de melhorar a economia.
A média nacional do salário mínimo do Japão era de 780 ienes (6,36 dólares) por hora no último ano fiscal. Assim, um aumento de 3 por cento ainda não vai ajudar a comprar mais do que um prato de macarrão --ilustrando a dificuldade que as autoridades têm para impulsionar o consumo.