Mundo
08/07/2013 09:00:00
Jornalista é assassinado a tiros no nordeste da Somália
Um jornalista da Somália, Libaan Abdullahi Farah, foi assassinado no domingo pela noite na cidade de Galkayo (nordeste da Somália), na região da Puntlândia - uma região autoproclamada como estado autônomo desde 1998 - informaram nesta segunda-feira amigos e colegas do repórter.
UOL/LD
\n \n Um jornalista da Somália, Libaan Abdullahi Farah, foi assassinado\n no domingo pela noite na cidade de Galkayo (nordeste da Somália), na região da\n Puntlândia - uma região autoproclamada como estado autônomo desde 1998 -\n informaram nesta segunda-feira amigos e colegas do repórter. \n \n Segundo disse à Agência Efe hoje um amigo da vítima, Abdi Jama,\n também jornalista de profissão, "dois homens armados atiraram contra a\n vítima, conhecida como Libam Qaran, no bairro de Garsoor, quando retornava do\n trabalho até sua casa".\n \n "Atiraram seis vezes contra Libam, no pescoço, no peito e nas\n pernas e depois fugiram do lugar", explicou Jama, que acrescentou que o\n jornalista foi levado imediatamente a um hospital da cidade, onde somente foi\n confirmada a sua morte. \n \n A União Nacional de Jornalistas Somalis (NUSOJ, sigla em inglês),\n condenou o assassinato de Libam Qaran, repórter do canal de televisão\n "Kalsan TV".\n \n "Este é mais um assassinato que mostra claramente os perigos\n que os jornalistas desta região enfrentam, e pedimos que sejam feitas as\n investigações pertinentes", afirmou o presidente do conselho supremo do\n NUSOJ, Burhan Dahir. \n \n "Quero enviar minhas condolências à família, aos amigos e aos\n colegas de Libam", acrescentou Dahir. \n \n Em um comunicado emitido em Mogadíscio, o representante especial\n da ONU para a Somália, o britânico Nicholas Kay, lamentou o assassinato e\n enviou suas condolências aos parentes e colegas de Abdullahi Farah. \n \n Kay ressaltou "a importância de se proteger os jornalistas e\n defender a liberdade de imprensa" no país africano. \n \n Qaran era casado e tinha cinco filhos e trabalhava para\n "Kalsan TV", uma rede de televisão privada que tinha começado suas\n transmissões recentemente. \n \n Esse homicídio eleva para cinco o número de jornalistas\n assassinados somente este ano na Somália, país considerado um dos mais\n perigosos do mundo para se exercer a profissão. \n \n A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando o\n ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo\n "de facto" e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da\n guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e gangues de\n delinquentes armados. \n \n Apesar dos avanços no terreno político conseguidos no ano passado,\n o governo ainda não exerce o controle absoluto do território, com grandes áreas\n no centro e no sul da Somália ainda sob domínio da milícia fundamentalista\n islâmica Al Shabab. \n \n \n \n \n