\n \n Os jornalistas tunisianos iniciaram nesta quarta-feira uma greve\n geral para reivindicar uma maior "liberdade de expressão" após\n ameaças das autoridades e os processos abertos contra representantes da\n imprensa. \n \n A greve de hoje, a primeira após a Primavera Árabe no país, foi\n convocada pelo Sindicato Nacional de Jornalistas Tunisianos (SNJT) no dia 25 de\n setembro depois do "fracasso do diálogo" com o governo transitório\n dominado pelos islamitas moderados do Al-Nahda. \n \n As emissoras de rádio e televisão só estão transmitindo programas\n gravados e irão passar apenas um único boletim informativo nesta quarta-feira,\n segundo o sindicato. A imprensa escrita e digital não divulgará nenhum evento\n ou fato e a agência estatal "TAP", que até o momento só publicou as\n reivindicações dos grevistas, não divulgará informativos "salvo informações\n ou comunicados urgentes". \n \n O SNJT quer que a "liberdade de imprensa e de expressão"\n seja reconhecida na nova Constituição. Para isso, exige a aplicação dos\n decretos 115, 116 e 41, de novembro de 2011, que garantem a autonomia da\n profissão do poder político, algo que o governo se nega a aplicar, segundo um\n comunicado da associação sindicalista. \n \n Outra exigência é o fim das nomeações governamentais nos meios de\n imprensa públicos, pois o sindicato considera que "em sua maioria os novos\n responsáveis são figuras do antigo regime", do deposto Zine al-Abidine Ben\n Ali. O sindicato convocou uma manifestação em frente a sua sede, em Túnis. \n \n \n \n \n