G1/PCS
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, informou no sábado (6), por meio de sua conta no Twitter, que o governo de Nicolás Maduro expulsou o brasileiro Jonatan Diniz, que estava preso na Venezuela desde 27 de dezembro.
O ministro não deu detalhes sobre a situação de Diniz - se ele já saiu da Venezuela e se está vindo para o Brasil. De acordo com a GloboNews, o Itamaraty foi informado que, após a libertação, ele embarcou em um voo da American Airlines com destino a Miami.
A prisão de Diniz foi anunciada em um programa de televisão pelo militar e político venezuelano Diosdado Cabello, no dia 27 de dezembro. O chavista acusa o brasileiro, que atualmente mora nos Estados Unidos, de presidir uma ONG de fachada e de ser membro de uma organização criminosa. Outras três pessoas, todas venezuelanas, também teriam sido presas junto com ele.
Nos últimos dias, o Itamaraty vinha relatando dificuldades para obter do governo venezuelano informações sobre o paradeiro e a situação de Diniz.
O episódio ocorreu poucos dias depois do início de uma crise diplomática entre os dois países. Em dezembro, o governo brasileiro criticou o governo de Nicolás Maduro que, em resposta, expulsou o embaixador brasileiro em Caracas.
Brasileiro vive nos EUA
Jonatan é natural de Ijuí, no Rio Grande do Sul, e vive há pelo menos um ano em Los Angeles. Antes ele morava em Balneário Camboriú, onde ainda hoje vive sua família.
O irmão de Jonatan, Juliano Diniz, de 34 anos, disse que a família foi informada sobre a prisão por uma amiga do designer gráfico. Segundo ele, Jonatan estava no país havia uma semana, para fazer doações a crianças carentes.
Em entrevista ao G1 no dia 30 de dezembro, Juliano classificou a acusação de que o irmão seria presidente de uma ONG de fachada chamada Time for Change de "sem fundamento".
“Não existe ONG nenhuma, falaram dessa ONG só pra incriminar. Ele tinha um grupo de amigos, que conheceu na época que morou lá, e que se deram esse nome, o Jonatan que criou, mas não é uma ONG, não tem CNPJ, nada, é um grupo de ajuda”, afirmou, na ocasião.