\n \n Pesquisa global sobre armas de pequeno porte traz dados de 111\n países; 66 mil mulheres são assassinadas por ano pelos parceiros em incidentes\n com armas de fogo. \n \n As mulheres formam o maior número de vítimas assassinadas, feridas\n ou intimidadas com armas de fogo dentro da própria casa, de acordo com a última\n pesquisa global sobre armas de pequeno porte. \n \n O estudo foi divulgado nesta terça-feira pela Missão da Suíça na\n ONU em Genebra. O Levantamento de Armas Leves é um projeto independente de\n pesquisa, sediado no Instituto de Pós-Graduação dos Estudos Internacionais e\n Desenvolvimento, em Genebra. \n \n Parceiros\n \n Dados de 111 países mostram que cerca de 66 mil mulheres são\n mortas violentamente, todos os anos, por armas de fogo. A maior parte das\n mortes acontece em casa, cometida pelo parceiro da vítima ou um ex-cônjuge. \n \n Em Genebra, a diretora da pesquisa, Anna Alvazzi del Frate,\n destacou que o risco de violência armada por parte do parceiro íntimo é maior\n nos países com altos níveis de violência em geral. \n \n Masculinidade\n \n A responsável pelo estudo sobre armas de pequeno porte calcula que\n 526 mil pessoas morram de forma violenta por ano, mas apenas 10% em conflitos\n ou guerras. \n \n A pesquisa também mostra que "desigualdade de gênereo,\n tolerância, aceitação cultural da violência contra a mulher e noções comuns de masculinidade\n estão ligadas à posse de armas".\n \n Esses fatores combinados criam um "clima que colocam as\n mulheres em maior risco de sofrer violência doméstica envolvendo armas de\n fogo." \n \n Segundo o levantamento, os civis têm posse de 75% das quase 875\n milhões de pequenas armas existentes no mundo. Já forças armadas nacionais e\n agentes da lei têm controle sobre menos de um quarto do estoque global de armas\n de pequeno porte. \n \n \n \n \n