Mundo
17/09/2013 06:00:15
Navio de cruzeiro Costa Concordia é destombado na costa italiana
"O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio", acrescentou Gabrielli.
Terra/PCS
\n O navio de cruzeiro Costa Concordianbsp;foi endireitado na madrugada desta terça-feira, às 4h locais (23h de Brasília da segunda-feira), e as operações de rotação da embarcação terminaram com sucesso, após 19 horas, anunciou o chefe da Defesa Civil, Franco Gabrielli, citado pela emissora italiana Rai. "O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio", acrescentou Gabrielli. Com o toque das sirenes, se anunciounbsp;que a operação tinha sido um sucesso, apesar de ter durado mais que o previsto. O navio, de 114 mil toneladas, 290 metros de comprimento e 17 andares de altura, já estava na posição vertical sobre a plataforma submarina que foi construída nos meses anteriores. O chamado "parbuckling", o termo técnico com o qual se conhece esta operação de endireitar uma embarcação, foi iniciada pela sociedade americana Titan Salvage em conjunto com a italiana Micoperi, empregou 500 pessoas e teve um custo de 600 milhões de euro para a Costa Cruzeiros, proprietária do Costa Concordia. Os técnicos, de acordo com a Rai, disseram que "não houve nenhuma bomba ecológica" e que foram necessárias "intervenções importantes" no flanco do casco. O diretor das operações de rotação do navio, Nick Sloane, um engenheiro sul-africano de 52 anos, explicou que "se pensarmos em tudo aquilo que era necessário para realizar este projeto, entre eletrônica e aço, chegamos à conclusão que poucos países do mundo poderiam organizar, em tão pouco tempo, uma operação tão vasta". "Há muitos danos no navio e teremos que fazer alguns testes", acrescentou, "mas estou aliviado, um pouco cansado e com vontade de tomar uma cerveja e dormir". Durante 10 horas, vários macacos hidráulicos esticaram os cabos de aço unidos ao casco do navio para levantá-lo, enquanto outros cabos, conectados a 13 torres davam equilíbrio ao barco. Os momentos mais incertos e que atrasaram os trabalhos foram durante as primeiras horas, quando o cruzeiro tinha que ser desencalhado e separado das rochas do fundo do mar para começar a ser endireitado. Outra grande preocupação, sobretudo para os habitantes da Ilha de Giglio, era o possível impacto ambiental que poderia ter a operação para endireitar o navio, mas a presidente do Observatório Ambiental, Maria Sargentini, comunicou que não houve vazamentos e que não haverá "bomba ecológica". \n \n