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Um pacote suspeito enviado ao escritório da rede americana CNN foi interceptado nesta segunda-feira (29) no correio de Atlanta, no oeste dos Estados Unidos. A sede do canal não corre risco, de acordo com comunicado divulgado no no Twitter pelo presidente da CNN, Jeff Zucker.
A polícia federal americana (FBI) afirmou que a aparência é similar à dos pacotes-bomba que foram enviados para integrantes do alto escalão do partido democrata e para a própria CNN, em Nova York, na semana passada. Porém, ainda não se sabe se este contém explosivos. Nenhuma das correspondências interceptadas até agora chegou a explodir.
Segundo a emissora, um agente afirmou acreditar que se trata de um pacote enviado por Cesar Sayoc, acusado pelo envio dos explosivos na semana passada. Assim como as correspondências anteriores, o envelope está sendo encaminhado ao laboratório do FBI em Quantico, na Virginia, para análises.
Os pacotes interceptados na semana passada estavam em envelope pardo, têm seis selos com bandeira dos Estados Unidos e endereço de remetente de Debbie Wasserman-Schultz, deputada democrata pela Flórida, com a grafia de seu sobrenome errada.
Na quarta-feira (24), o prédio onde funciona a CNN em Nova York, o Time Warner Center, chegou a ser preventivamente esvaziado após a entrega de um pacote com um artefato explosivo e de um envelope com um pó branco. Essa correspondência tinha como destinatário o ex-diretor da CIA, John Brennan e a "Time Warner (CNN)".
Na sexta-feira (26), um outro pacote foi interceptado em Nova York, com o nome de James Clapper, ex-Diretor de Inteligência Nacional do governo Obama, e endereçado à sede da rede CNN.
O suspeito de enviar os pacotes-bombas, Cesar Sayoc, de 56 anos, foi detido e foi acusado de cinco crimes federais: transporte interestadual de explosivo, envio ilegal de explosivo, ameaças contra ex-presidentes, ameaça ao comércio interestadual e ataque a oficiais federais e ex-oficiais. A Procuradoria-Geral os EUA informou que ele poderá ser condenado a até 48 anos de prisão.
Veja a quem foram endereçados os pacotes-bomba na semana passada:
-Cory Booker, senador democrata de New Jersey
-James Clapper, ex-Diretor de Inteligência Nacional. Correspondência foi endereçada à sede da rede CNN em Nova York;
-Joe Biden, ex-vice-presidente do governo de Barack Obama (destinatário de dois pacotes)
-Robert De Niro, ator e produtor
-Barack Obama, ex-presidente
-Hillary Clinton, ex-secretária de Estado
-John Brennan, ex-diretor da CIA, cujo nome estava em pacote mandado para a CNN
-Eric Holder, ex-secretário de Justiça (o pacote não chegou ao seu endereço e retornou ao endereço de Debbie Wasserman-Schultz na Flórida)
-Maxine Waters, deputada democrata da Califórnia (dois pacotes foram enviados em seu nome)
-George Soros, investidor (caso ocorrido na segunda-feira)
Trump acusa a imprensa
O presidente americano, Donald Trump, acusou mais uma vez os meios de comunicação de gerar divisão e ódio no país, depois de um fim de semana de luto pelo ataque contra uma sinagoga na Pensilvânia que causou a morte de onze pessoas.
"As Fake News estão fazendo tudo em seu poder para culpar os Republicanos, os Conservadores e a mim pela divisão e o ódio que existe há muito tempo em nosso país", afirmou Trump no Twitter.
"Há uma grande raiva em nosso país causada em parte pela informação imprecisa, até mesmo fraudulenta, que a notícia reporta", continuou Trump. "A mídia do Fake News, os verdadeiros Inimigos do Povo, deve parar com a hostilidade aberta e óbvia e relatar as notícias com precisão e justiça".
"Isso fará muito para apagar a chama da ira e indignação em nosso país e para que possamos unir todas as partes em Paz e Harmonia, as Notícias Falsas Devem Terminar!", acrescentou.