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Quase 55 mil imigrantes que não eram elegíveis para asilo ou que provavelmente seriam rejeitados deixaram a Alemanha voluntariamente em 2016, um aumento de 20 mil em comparação com 2015, informou o governo alemão nesta quarta-feira (28).
"É um aumento considerável em relação ao ano passado", disse o porta-voz do Ministério do Interior, Harald Neymanns, em uma coletiva de imprensa, dizendo que a cifra de 2016 subiu para 54.123 até 27 de dezembro. "O aumento é bem-vindo. Sempre é preferível quando as pessoas saem do país voluntariamente, em vez de serem deportadas".
O porta-voz do Ministério das Finanças disse que em 2017 o governo irá reforçar o financiamento - para 150 milhões de euros - em apoio aos esforços para estimular as pessoas a partirem da Alemanha.
O país endureceu sua postura a respeito da imigração nos últimos meses, motivado pelas preocupações com a segurança e a integração, depois de acolher mais de 1,1 milhão de imigrantes do Oriente Médio, da África e de outras partes desde o início de 2015.
Na semana passada, um postulante a asilo que teve seu pedido rejeitado matou 12 pessoas lançando um caminhão contra um mercado natalino em Berlim, alimentando as críticas crescentes à política imigratória da chanceler alemã, Angela Merkel.
A maioria dos que partiram neste ano voltou a seus lares na Albânia, Sérvia, Iraque, Kosovo, Afeganistão e Irã, noticiou anteriormente o jornal "Sueddeutsche Zeitung". Aqueles que partem podem solicitar um auxílio único de até 3 mil euros que deveria ajudá-los a encontrar trabalho em casa.
Separadamente, autoridades de segurança alemãs disseram à Reuters que o número dos que foram deportados depois que seus pedidos de asilo foram rejeitados aumentou para quase 23.800 entre janeiro e novembro -- mais do que os quase 20.900 de todo o ano de 2015.
Também cresceu a quantidade de refugiados recusados nas fronteiras. O jornal "Neue Osnabruecker Zeitung" disse que a polícia fez 19.720 refugiados darem meia-volta durante os primeiros 11 meses de 2016 -- em 2015 foram 8.913. A maioria era oriunda de Afeganistão, Síria, Iraque e Nigéria e havia se registrado em outros países da União Europeia.