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Em uma carta ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o Papa Francisco criticou o líder por descumprir acordos e reiterou que se evite um "derramamento de sangue" na Venezuela. A carta foi enviada em resposta ao pedido de mediação por parte do líder venezuelano e teve trechos divulgados nesta quarta-feira (13) pelo jornal italiano "Corriere della Sera".
Maduro escreveu ao Papa no início do mês, pedindo sua ajuda e mediação para a crise em seu país.
Em resposta, Francisco lembrou Maduro das repetidas tentativas solicitadas por Maduro e realizadas pela Santa Sé nos últimos anos para "encontrar uma saída para a crise venezuelana" e que, depois dessas tentativas, não foram feitas ações concretas.
"Infelizmente, todas foram interrompidas porque o que foi estabelecido nas reuniões não foi acompanhado por gestos concretos para implementar os acordos", diz o pontífice na carta, segundo o "Corriere della Sera".
O jornal publicou uma foto de uma parte da carta na qual é possível ler que ela está dirigida ao "Excelentíssimo Senhor", e não ao presidente, Nicolás Maduro Moros, com data de 7 de fevereiro de 2019.
Além disso, segundo o jornal italiano, o Papa reitera "a necessidade de se evitar qualquer forma de derramamento de sangue".
O porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, não quis comentar, nem desmentir, o que considerou a publicação "de uma carta privada" do papa em um meio de comunicação.
No avião de volta de sua visita aos Emirados Árabes Unidos, o Papa Francisco disse: "para que haja uma mediação, é preciso vontade de ambas as partes. As condições iniciais são claras: que as partes a solicitem, sempre estamos disponíveis".