\n \n O\n Parlamento da Rússia aprovou nesta sexta-feira, em primeira leitura, o projeto\n de lei que proíbe a chamada "propaganda da homossexualidade", que\n limita atos públicos e manifestações dos gays. \n \n A\n medida faz parte de uma série de leis criadas pelo governo do presidente\n Vladimir Putin diminuindo os direitos dos homossexuais na Rússia, um dos países\n mais preconceituosos em relação à orientação sexual da Europa. \n \n A\n proposta foi aprovada com 388 votos a favor, um contra e uma abstenção. O\n projeto de lei ainda passará pela Câmara alta do Parlamento antes de ser\n enviado à sanção de Putin. \n \n Caso\n aprovada, permitirá a cobrança de multas de até 50 mil rublos (R$ 3.379) por\n manifestações, atos de campanha e ativismo pelo fim da discriminação de\n homossexuais. \n \n Durante\n o debate no Parlamento, o deputado do governista Rússia Unida Serguei Dorofeyev\n disse que era preciso proteger crianças e adolescentes do que chamou de\n "consequências da homossexualidade". \n \n A\n deputada Elena Mizulina, do Rússia Justa, considerou que a exposição das\n crianças demonstrações afetivas com pessoas do mesmo sexo "limitam o\n direito dos menores a se desenvolverem livremente". \n \n Os\n homossexuais sofrem forte discriminação na Rússia, um dos países mais\n homofóbicos da Europa. Até 1993, ter relações com pessoas do mesmo sexo era\n crime e até 1999 era considerado uma doença mental. \n \n PROTESTOS\n \n \n Enquanto\n acontecia a sessão no Parlamento, ativistas gays e cristãos ortodoxos entraram\n em confronto pela segunda vez nesta semana. O estopim das agressões foi o beijo\n dado por suas mulheres na porta da casa legislativa. \n \n Em\n seguida, os simpatizantes da lei começaram a jogar ovos, tinta, e tentaram\n atacar o grupo, mas foram impedidos pela presença policial. Os agentes\n prenderam os manifestantes mais exaltados e os militantes foram dispersados. \n \n A\n Igreja Ortodoxa Russa pediu para que a nova lei seja estendida por toda a\n Rússia, ela que já vigora em outras cidades, como São Petesburgo, a segunda\n maior do país. \n \n \n \n \n