Exame/PCS
Uma das maiores empresas de refrigerantes e petiscos do mundo resolveu abrir um restaurante próprio em um descolado bairro de Nova York.
O menu ainda não está fechado, mas a PepsiCo já sabe o que não quer incluir no local: nada de logos ostensivos, nem de bebidas e produtos da marca no cardápio.
Noz-de-cola, a semente que contém cafeína e dá nome à marca, será a estrela dos pratos e drinks exclusivos. Produtos inéditos da fabricante também serão servidos.
A ideia é fazer com que o Kola House seja um espaço para degustações premium, destinado a pessoas influentes nas redes sociais. Shows e eventos também poderão acontecer ali.
"As pessoas consomem conteúdo com uma velocidade impressionante hoje", disse Mauro Porcini, chefe de design para a PepsiCo, em entrevista ao jornal NY Times. "É por isso que, para ser relevante on-line, as empresas precisam se relacionar off-line da melhor maneira possível."
A tendência é a mesma que tem sido adotada por outras grandes marcas, como Starbucks, com suas cafeterias que vendem até vinhos, e Nike, que inaugurou um estúdio de fitness.
É uma mostra de como as empresas tentam hoje se conectar com os consumidores, além de apenas investir em comerciais de tevê ou publicidades online.
“Se as marcas não fizerem isso hoje, elas se tornarão irrelevantes amanhã, seja lá qual for o amanhã”, afirmou Seth Kaufman, diretor de marketing da PepsiCo para bebidas na América do Norte.
Ainda em construção, o restaurante da Pepsi ficará no bairro de Meatpacking District e contará com algum logo discreto da companhia “para não estragar a sofisticação do lugar”.
A previsão é de que ele seja inaugurado até maio deste ano e a empresa não informou quanto investiu no projeto, nem se pretende ampliar para outras capitais pelo mundo.