Agência Lusa/PCS
Sessenta jornalistas morreram este ano devido ao seu trabalho, dez a menos que em 2013, informou hoje (23) o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Em seu relatório anual, a organização, com sede em Nova York, destaca que os últimos três anos foram o período com “o pior saldo de mortes" já registrado pelo CPJ. O comitê ressalta ainda a alta proporção de mortes entre os correspondentes estrangeiros, cerca de um quarto do total.
“Nunca tínhamos visto uma época tão perigosa para exercer a profissão de jornalista”, disse o diretor executivo do CPJ, Joel Simon.
O CPJ está investigando ainda a morte de mais 18 jornalistas neste ano para determinar se foram relacionadas com a atividade profissional.
Segundo o CPJ, a Síria é, pelo terceiro ano consecutivo, o país com maior número de jornalistas mortos no exercício da profissão: 17. Desde o início do conflito armado em 2011, foram mortos no país 79 jornalistas.
O relatório destaca ainda que, no Paraguai e na Birmânia, registraram-se este ano as primeiras mortes de jornalistas no desempenho da profissão desde 2007. No caso do Paraguai, foram mortos três jornalistas, quando trabalhavam na fronteira com o Brasil.