G1/PCS
O site da Assembleia Nacional da Venezuela foi hackeado nesta segunda-feira (7). O grupo grupo "The Binary Guardians" reivindicou o ataque ao site do Parlamento e de outros órgãos públicos e instituições do Estado venezuelano.
Em sua conta no Twitter, o grupo afirma que conseguiu invadir outras 20 páginas, entre elas da Companhia Nacional de Telecomunicações (Cantv), do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), da Presidência da República e do Seguro Social (IVSS).
A mensagem postada nos sites convoca que o povo venezuelano saia às ruas para protestar contra o governo chavista e apoie militares e poiciais rebeldes, segundo o próprio grupo.
A presidente da CNE, Tibisay Lucena, disse na semana passada que esse organismo tinha sido alvo de vários ataques digitais que impediram a inclusão em seu site dos resultados da eleição da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), realizada em 30 de julho e rejeitada por boa parte da comunidade internacional.
Apoio a rebelião militar
O "The Binary Guardians", grupo que diz não temer "nada nem ninguém", repudia "a censura e os governos corruptos" e luta "pela liberdade e os direitos das pessoas", disse que o objetivo deste ataque é apoiar uma rebelião militar ocorrida neste domingo na cidade de Valência.
Um grupo de 20 pessoas invadiu o forte Paramacay, no estado de Carabobo, e se declarou como miliatres em rebeldia contra o governo e a "tirania assassina de Nicolás Maduro". Segundo o presidente, eram civis disfarçados de militares. O grupo foi rendido por membros das forças de segurança. Duas pessoas morreram, um está ferido e outros sete foram detidos.
Desde o dia 1º de abril, a Venezuela registrou uma série de manifestações contra e a favor ao governo, que deixaram mais de 100 mortos, situação que se agravou desde a instalação na última sexta-feira da Assembleia Constituinte, que não é reconhecida pela oposição e por vários governos e organismos internacionais.