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A Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou nesta sexta-feira o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o país, uma decisão histórica que anula o poder dos Estados de proibir as uniões entre homossexuais.
O presidente dos EUA, Barack Obama, comemorou a decisão como "um grande passo rumo à igualdade". "Os casais de gays e de lésbicas têm agora o direito de se casar, como quaisquer outros. #LoveWins [o amor vence]", disse Obama em mensagem publicada em sua conta oficial no Twitter.
Após uma votação apertada, de cinco votos favoráveis contra quatro contrários, o juiz Anthony Kennedy leu a decisão afirmou que o casamento civil é um direito constitucional para todos, independente da orientação sexual. "Não há união mais profunda do que o casamento", disse ele, complementando que essa união deve ser possível para todos os cidadãos sem discriminação. Não está claro como os certificados de casamento serão emitidos nos Estados onde as uniões homossexuais foram previamente proibidas.
A decisão veio em um momento de mudanças da opinião pública, com a maioria da população americana aprovando o casamento civil homossexual. O apoio à união civil entre pessoas do mesmo sexo nos EUA bateu um recorde histórico, com 57% favoráveis ao casamento gay, uma mudança significativa em um país onde há apenas cinco anos havia mais pessoas contra do que a favor do casamento gay, segundo uma pesquisa publicada recentemente pelo instituto Pew Center. Em Estados onde o casamento gay já é permitido, a provação supera os 70%.
Antes da decisão desta quinta, casais homossexuais podiam se casar em 37 dos 50 Estados americanos e no Distrito de Colúmbia, onde fica a capital Washington. Após o anúncio do mais alto tribunal do país, uma salva de aplausos e gritos de comemoração foram ouvidos em frente ao prédio da Suprema Corte.
A pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton tuitou apenas a palavra "orgulho" em sua conta oficial e a Casa Branca, também no Twitter, inseriu as cores do arco-íris em sua imagem de perfil.