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Mundo
16/05/2017 10:14:00
Trump defende compartilhamento de informações com os russos
Presidente dos EUA tuitou que 'tem o direito de compartilhar informações com os russos', relativas ao terrorismo e à segurança aérea.

G1/PCS

Casa Branca alegou que Comey 'não estaria apto a liderar efetivamente o FBI' (Foto: Reuters/Jonathan Ernst/Kevin Lamarque)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu sua decisão de compartilhar informações com a Rússia e disse que passou fatos em uma reunião pública na última semana, na Casa Branca.

Em sua conta no Twitter, Trump disse: "Como presidente eu quis compartilhar com a Rússia (em uma reunião aberta planejada na Casa Branca), o que eu tenho o direito absoluto de fazer, fatos relativos ao terrorismo e à segurança de voos. Razões humanitárias, e além disso eu quero que a Rússia aumente sua luta contra o Estado Islâmico e o terrorismo".

Mesmo com esse posicionamento de Trump, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que os relatos de que informações secretas tenham sido enviadas são "falsos", de acordo com a agência Interfax, nesta terça-feira (16).

Esses relatos são de funcionários norte-americanos da Casa Branca, que disseram que Trump havia divulgado uma informação altamente secreta, sobre uma operação contra o grupo Estado Islâmico. A reportagem sobre o vazamento foi publicada pelo jornal "The Washington Post".

Segundo os funcionários, que não tiveram seus nomes citados pelo jornal, as informações divulgadas por Trump às autoridades russas colocam em risco uma fonte de inteligência. Essa fonte teria acesso a trabalhos internos do grupo extremista.

As informações repassadas por Trump têm a ver com a ameaça terrorista relacionada ao uso de laptops em voos, dizem as fontes. No final de março, os EUA proibiram a presença de dispositivos eletrônicos - como tablets e laptops - em voos procedentes de vários países do Oriente Médio.

Impeachment

Nesta mesma segunda-feira, Al Green, congressista representante democrata pelo Texas no Congresso dos EUA, pediu o impeachment de Trump, após a surpreendente demissão do ex-diretor do FBI James Comey e as investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016.

Green explicou que as medidas tomadas pelo presidente nas últimas semanas são dignas de investigação pela Câmara dos Representantes, da qual ele faz parte, e solicitou aos colegas legisladores que apoiem seu pedido.

Segundo Green, Trump cometeu um ato "impugnável" com a decisão de demitir Comey, e a Câmara dos Representantes deve apresentar acusações. Para Grenn, Trump deve ser submetido a um processo de impeachment por "obstrução de uma investigação legal sobre os laços de sua campanha com a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016".