Luma Danielle Centurion
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (7) - ao visitar uma base americana na Coreia do Sul - que "tudo será consertado" a respeito do desafio armamentício colocado pela Coreia do Norte, assunto que marca boa parte da agenda em sua passagem pela Ásia.
"Vamos tratar com os principais generais sobre a situação na Coreia do Norte. Em última instância, tudo será consertado. Sempre se conserta. Tem que se ajeitar", disse Trump, em Camp Humphreys, onde foi almoçar com as tropas americanas, logo após aterrissar na Base Aérea de Osan. As informações são da agência de notícias EFE.
Quem participou do almoço de surpresa foi o presidente sul-coreano Moon Jae-in, num gesto que procura mostrar a solidez da união Seul-Washington contra o governo de Pyongyang, que se mantém tecnicamente em guerra com os dois aliados há quase 70 anos.
Após o almoço, Trump viajou de helicóptero para Seul e em seguida foi conduzido por um comboio até a Casa Azul (residência presidencial), onde foi recebido com honras de chefe de Estado antes da reunião com Moon.
O deslocamento do comboio do presidente Trump por Seul esteve rodeado por um forte esquema de segurança visando controlar as manifestações a favor e contra sua visita.
Testes de armas
Os integrantes das manifestações discordam da atitude beligerante que Trump adotou contra a Coreia do Norte. Além disso, os seguidos testes de armas do regime de Kim Jong-um aumentaram a tensão para níveis não vistos desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953).
Além do desafio norte-coreano, o encontro bilateral também será marcado pelas relações comerciais entre os dois países, que o presidente americano classificou de desigual e pouco vantajoso para seu país.
"Temos uma excelente cooperação (com o presidente Moon). Temos uma excelente reunião sobre comércio previsto com o presidente e seus representantes", afirmou Trump, antes de partir para Seul.
"Começará a funcionar para que criemos muitos postos de trabalho nos Estados Unidos, que é uma das razões importantes pelas quais estou aqui", acrescentou Trump, que estará na Coreia do Sul até amanhã, quando parte para a China, seguindo sua excursão pela Ásia.
A pedido de Washington, os dois países começaram a renegociar um Tratado de Livre-Comércio (TLC), após a chegada de Donald Trump à Casa Branca. Ele defende a "América primeiro" na política comercial.