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Mundo
24/12/2016 10:44:00
Tunisiano suspeito de atacar feira de Berlim fugiu sozinho

G1/AB

O tunisiano suspeito de atacar uma feira natalina de Berlim, Anis Amri, fugiu sozinho e levava com ele apenas 1000 euros, segundo relato feito à CNN por Nina dos Santos, autoridade que trabalha no serviço contra o terrorismo na Itália.

Quando foi surpreendido pela patrulha de rotina em Milão, na madrugada de sexta-feira (23), o tunisiano de 24 anos vestia três calças. Ele não tinha celular ou documento de identidade. Na mochila, Amri levava apenas uma escova de dentes e espuma de barbear.

Dois policiais pararam Amri, enquanto ele andava sozinho e pediram os seus documentos por volta das 3h desta sexta, em Sesto San Giovanni. Porém, o jovem tirou uma arma de sua mochila e atingiu um policial no ombro. O outro reagiu, matando-o.

Investigações apontam que Amri estava na direção do caminhão que atropelou uma multidão na noite de segunda-feira (19), no centro da capital alemã. Doze pessoas morreram e 48 ficaram feridas no atentado, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Um vídeo divulgado pela Amaq, agência ligada ao Estado Islâmico, mostra que Amri prometeu fidelidade ao líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, e afirmou que iria matar os "cruzados que bombardeiam os muçulmanos todos os dias".

O tunisiano chegou à Itália após ter passado pela França, segundo a agência italiana Ansa. Ele passou por Turim e, em seguida, pegou um trem para Milão, onde chegou por volta de 1h desta sexta. Ele deixou a Estação Central e seguiu para Sesto San Giovanni, onde foi abordado pelos policiais.

Investigações continuam

As autoridades alemãs continuam neste sábado a investigar o atentado de Berlim à procura de possíveis cúmplices que poderiam tê-lo ajudado a entrar na Itália, apesar da polícia em seu encalço. "O perigo terrorista continua", advertiu na sexta-feira a chanceler Angela Merkel.

"Para nós, agora, é de grande importância determinar se na preparação e execução" do ataque ao mercado de Natal "e na fuga do suspeito, houve uma rede de apoio, uma rede ajuda, cúmplices ou pessoas", ressaltou o procurador Peter Frank.

Os investigadores devem, em primeiro lugar, reconstituir a rota exata do tunisiano Anis Amri de Berlim até Milão, explicou Frank. A polícia alemã quer saber ainda se a arma utilizada em Milão é também aquela usada para matar um motorista de caminhão polonês.