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A empresa de aviação United Airlines irá encerrar seus voos diários para a Caracas, aumentando ainda mais o isolamento do país, depois que as principais companhias mundiais deixaram de voar para a Venezuela. A Latam anunciou a decisão em 30 de maio de 2016.
Muitas empresas deixaram o país depois de uma interminável disputa que, alegam as aéreas, o governo venezuelano deve a elas. De acordo com as empresas, o governo de Nicolás Maduro recusa-se a reembolsar as companhias em dólares pelas vendas feitas em moeda nacional.
De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos, US$ 3,78 bilhões eram devidos a empresas aéreas internacionais pelo governo venezuelano.
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United, que voa diariamente entre Caracas e Houston, no Texas, confirmou à Reuters que irá suspender a rota, mas afirma que a decisão não tem relação com a disputa sobre pagamentos. De acordo com a empresa, apesar dos voos serem populares entre executivos da indústria petrolífera e venezuelanos que moram nos Estados Unidos, eles têm atraído poucos turistas e tem baixa ocupação.
"Em todos os mercados que atuamos, revisamos continuamente as demandas e, porque o voo Caracas-Houston não vêm atendendo nossas expectativas financeiras, decidimos suspendê-lo", disse à Reuters por e-mail o porta-voz da empresa Charles Hobart.
Algumas empresas aéreas, incluindo a panamenha Copa e a colombiana Avianca, assim como a Air France, ainda operam na Venezuela.