Agência Brasil/LD
O governo venezuelano publicou esta semana um “white paper” com regras que regem a sua nova criptomoeda, o petro. Falando aos repórteres na sede do Banco Central da Venezuela, o ministro da Ciência e Tecnologia, Hugbel Roa, descreveu o documento como uma espécie de "carta de navegação" para os interessados na recém lançada moeda digital. A informação é da agência chinesa Xinhua.
Roa indicou aos jornalistas o site www.elpetro.gob.ve, que ele disse conter “detalhes técnicos" que definem as características da moeda. Em uma tentativa de domar a inflação desenfreada do país rico em petróleo, o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, anunciou na terça-feira (30) que a criptomoeda, apoiada pelas reservas de petróleo do país, estará disponível para pré-venda a partir de 20 de fevereiro.
O preço inicial da petro foi fixado em 60 dólares americanos, em referência ao custo por barril do petróleo venezuelano em meados de janeiro, disseram os órgãos de comunicação, acrescentando que o preço “está sujeito a flutuações do mercado de petróleo”.
"Durante os próximos dias, vamos trabalhar arduamente para promover a nova moeda", disse Roa, acrescentando que um "manual de procedimentos completo", que será publicado após 20 de fevereiro, orienta a transação, bem como a aquisição da nova criptomoeda.
Alternativa às sanções
Ramon Lobo, presidente do Banco Central da Venezuela, saudou a iniciativa, dizendo que ela ajudará a "enfrentar o cerco financeiro internacional que ameaça o país". A Venezuela espera que a iniciativa gere uma receita externa muito necessária para que o país combata uma série de sanções dos EUA, destinadas a cortar seu acesso a dólares americanos.
O Departamento do Tesouro dos EUA disse, na terça-feira, que a nova moeda poderia violar o regime de sanções contra a Venezuela, alertando aos possíveis investidores que a adquirirem sobre suas consequências legais.