\n \n Aos\n prantos, o menino de 14 anos, suspeito de matar o irmão dois anos mais velho no\n fim da tarde de quinta-feira (19), no Jardim Noroeste, em Campo Grande,\n justifica-se. “Não era para matar, era para assustar”. De acordo com a Polícia\n Militar (PM),nbsp; a morte ocorreu após discussão entre a vítima e a mãe, no\n comércio da família. Para a mulher, de 36 anos, os filhos “são duas crianças”.\n \n Conforme\n a PM, após a discussão, o adolescente saiu do local, o mais novo conversou com\n a mãe e então foi atrás do irmão. Os dois se encontraram na rua Átomo. Na\n versão do suspeito, a vítima quis agredi-lo e ele se defendeu. “Na hora que ele\n partiu para cima de mim eu atirei. Só por isso eu atirei”.\n \n Ainda\n segundo os militares, o tiro atingiu as costas do rapaz de 16 anos, que morreu\n no local, uma rua sem pavimentação, sem iluminação e com vários terrenos\n baldios. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e\n constatou o óbito.\n \n Os\n policiais encontraram o suspeito próximo ao local do crime. Ele estava andando\n na rua e abalado, disseram os militares. A arma utilizada foi um revólver\n calibre 32, que o garoto declarou aos militares ter jogado em meio ao matagal.\n \n Segundo\n o menino ele comprou o revólver para “se defender”. A mãe afirma que não sabia\n que o filho tinha arma e indigna-se com quem vendeu o objeto para o\n adolescente. “Isso é uma porcaria. É um idiota o homem que fica vendendo arma\n para uma criança”. Para a mulher, o homicídio “foi uma discussão de irmão”.\n “Eles são duas crianças”, diz.\n \n O\n suspeito afirma que a intenção dele “era assustar” o irmão. “Era para ele parar\n de brigar com a mãe”, alega. Segundo o garoto, as discussões entre a vítima e a\n mulher eram constantes. “Ele queria as coisas e ela não tinha dinheiro para\n dar, essas coisas assim”.\n \n O\n adolescente fala também que a relação dele com a vítima era amigável e que a\n discussão foi pontual. Ele declarou que é usuário de maconha e que no início de\n 2013 foi apreendido por furto, sendo esta a única passagem policial.\n \n \n \n \n