\n \n A\n Justiça Federal de Mato Grosso do Sul decidiu nesta semana pela suspensão do\n cumprimento do mandado de reintegração de posse da Fazenda Buriti, no distrito de Quebra Coco, em Sidrolândia.\n Desde 15 de maio, cerca de 500 indígenas Terena ocupam o local, reivindicando a\n demarcação do território.\n \n A\n decisão é do juiz Espolio de Afrânio Pereira Martins da 1ª Vara Federal. O\n magistrado considerou a possibilidade de conflito entre os indígenas e a\n Polícia Federal e espera uma audiência na tentativa de conciliação. As ações da\n Polícia Federal na região também devem ser suspensas.\n \n Para\n o coordenador do Conselho Indigenista Missionário em Mato Grosso do Sul\n (Cimi-MS), Flávio Vicente, a suspensão da ordem diminui a tensão na região.\n \n Críticas\n Em carta aberta divulgada ontem (21), o Conselho do Povo Terena explicou que\n desde a semana passada está reocupando as fazendas que estão sobre seu\n território.\n \n “Desqualificamos\n todos os argumentos contrários aos nossos direitos e a nossa autonomia, que tem\n por objetivo deslegitimar nossa luta pela terra, afirmando que estamos sendo\n manipulados e motivados por terceiros a retomarmos o que é nosso. Somos povos\n indígenas e temos nossa autonomia e organização própria reconhecida pela\n Constituição Federal”.\n \n Por\n meio do documento, os indígenas repudiamos os atos da Polícia Federal,\n afirmando que ela não agiu de forma imparcial e também denunciaram o delegado\n Federal, Alcídio de Souza Araújo, “que de forma injustificada e arbitrária\n apreendeu equipamentos do jornalista Ruy Sposati”.\n \n \n \n \n