Polícia
28/03/2014 09:00:00
Quadrilha que praticou furtos em 20 casas abastecia pontos de venda de droga na Capital
A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) apresentou hoje (28) seis acusados de envolvimento em furtos de pelo menos 20 casas de Campo Grande.
Correio do Estado/LD
A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) apresentou hoje (28) seis acusados de envolvimento em furtos de pelo menos 20 casas de Campo Grande. A quadrilha, composta por 12 pessoas, era liderada pelo adolescente G.S.A.C, de 17 anos, que participou de vários dos furtos. Segundo a polícia, a mãe dele, de 50 anos, era conivente com as ações e fazia avaliação das joias apreendidas. Ela e seu outro filho, de 20, também suspeito de envolvimento, foram capturados. Além deles, estão presos: Felipe Gomes Nicolau, 22 anos, Frederico Madureira Amador, 27, Alexander Pimenta Osório, Wendreo Barbosa de Medeiros, ambos com18 anos, a esposa de Wendreo, Paola de Paula Vieira, 19, Luciano Mendes Reis e Lucas Cardoso Gomes, da mesma idade. O bando agia em casas de alto padrão, revendia os objetos para receptadores e, com o dinheiro, adquiria entorpecentes para abastecer pontos de venda de drogas no Bairro Tiradentes. Ao monitorar G.S.A.C, os policiais constataram que ele levava uma vida de luxo. Mesmo sem ser habilitado, o adolescente possuía dois veículos Vectra e uma motocicleta XT 660r. Os carros foram utilizados em ações nos bairros Vilas Boas,Carandá Bosque, Jardim Itatiaia, Rita Vieira, entre outros. Um Peugeot 307 e um Celta também eram usados pelos envolvidos nos crimes. Os carros e alguns objetos furtados foram apreendidos. Outros dois integrantes continuam foragidos. Investigação As investigações começaram em janeiro deste ano, depois da prisão de Luciano Mendes Reis, 19, portando uma arma de fogo calibre .38. Ele conduzia um Siena com placas de Mato Grosso. A polícia apurou que a arma havia sido furtada em Ribas do Rio Pardo no dia anterior. Além disso, o veículo usado por Luciano estava relacionado com várias ocorrências. Ao ser interrogado, o rapaz confessou ter furtado a arma, R$ 40 mil em joias e vários outros objetos, com a ajuda de G.S.A.C e Alexander Pimenta Osório, 18, o Bugão, que era adolescente na época. Os dois foram encontrados, mas acabaram sendo liberados. Na ocasião, a polícia constatou que G.S.AC tinha 30 passagens por furto qualificado. Em um dos endereços de Luciano, foi apreendida cocaína que, segundo ele, havia sido comprada com dinheiro dos crimes e seria vendida. Foi quando ficou claro que o carro-chefe do esquema era o tráfico de drogas. Ações O grupo escolhia os alvos de maneira aleatória, enquanto trafegava pelos bairros. Assim que optavam por uma residência, um dos comparsas tocava o interfone. Se ninguém atendesse, arrombava o portão social e separava os objetos eletrônicos, colocando-os dentro do veículo. Caso alguém atendesse ao chamado, eles fingiam que tinham errado de endereço. Com os produtos em mãos, a quadrilha entrava em contato com receptadores através da internet.