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Polícia
10/04/2012 09:00:00
“Se você me ama, larga essa arma e me ajuda”, pediu irmão antes de morrer
A delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Maria de Lourdes Souza Cano, conversou na manhã de hoje (10), com o adolescente que matou os irmãos Rodrigo dos Santos Vilar, 20 anos, e Walquiria dos Santos Vilar, 22 anos, no último sábado (7), no bairro Moreninha

CGNews/LD

\n \n A\n delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e\n Juventude), Maria de Lourdes Souza Cano, conversou na manhã de hoje (10), com o\n adolescente que matou os irmãos Rodrigo dos Santos Vilar, 20 anos, e Walquiria\n dos Santos Vilar, 22 anos, no último sábado (7), no bairro Moreninha II.\n \n A\n delegada disse que o garoto contou a ela que, antes de morrer, Rodrigo pediu a\n ajuda dele. “Se você me ama, larga essa arma e me ajuda”, disse a delegada,\n usando as palavras do adolescente. Ela esclareceu que foi uma conversa\n informal, que não vale como depoimento no inquérito.\n \n No\n dia do crime, segundo a delegada, o adolescente pegou a arma do pai, foi até o\n quarto do irmão, mirou no coração dele e atirou. Rodrigo não morreu na hora. Ao\n ouvir o barulho do disparo, a irmã Walquíria foi até o quarto e perguntou o que\n estava acontecendo.\n \n Nesse\n momento, o adolescente atirou nela também. A jovem saiu correndo para o quarto\n dos pais para pedir socorro, mas eles não estavam. No outro cômodo, o garoto\n disse que atirou de novo na irmã, atingindo-a na nuca.\n \n Em\n seguida, o adolescente voltou ao quarto de Rodrigo, momento no qual ele pediu a\n ajuda. Segundo a delegada, o adolescente nada fez e assistiu a morte do irmão.\n \n "Matava qualquer um” – Ao ouvir o\n barulho dos tiros, a vizinha da família bateu na casa para saber o que estava\n acontecendo. De acordo com a delegada, o garoto disse que também teria atirado\n nela caso entrasse na casa e visse tudo.\n \n Questionado\n sobre a chegada de outras pessoas, como os próprios pais, o garoto concluiu:\n “Mataria qualquer um que chagasse naquele momento”.\n \n Frieza - Maria de Lourdes ainda conta que o\n adolescente diz detalhes da ação sem demonstrar algum tipo de preocupação ou\n arrependimento.\n \n “Ele\n disse que sabe o que fez, mas que faz as coisas e depois não sabe explicar o\n porquê. Ele é diferente, não chora, parece não estar arrependido”, relata.\n \n O\n adolescente afirmou que não teve motivos para matar os irmãos e que os dois\n eram carinhosos.\n \n Durante\n o depoimento do adolescente, os pais estavam na delegacia, mas sem saber da\n presença do garoto. A mãe disse à delegada que, por enquanto, não quer ver o\n filho. Os pais estão muito abalados.\n \n \n \n \n