Polícia
19/07/2013 09:36:34
Seis imóveis em MS foram adquiridos com dinheiro ilícito vindo através da Suíça
A Polícia Federal do Estado da Paraíba desmontou ontem (18) um esquema internacional de lavagem de dinheiro, chefiado por um empresário italiano que investia o lucro das fraudes em nomes de laranjas.
Correio do Estado/LD
\n A Polícia Federal do Estado da Paraíba desmontou ontem (18) um esquema internacional de lavagem de dinheiro, chefiado por um empresário italiano que investia o lucro das fraudes em nomes de laranjas. Ao todo, a polícia identificou 10 pessoas utilizadas pelo criminoso. Três são moradoras em Campo Grande, sendo uma delas a namorada do chefe do esquema, de acordo com matéria publicada na edição de hoje (19) do jornal Correio do Estado. A operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão e sequestro de bens, estimado em R$ 10 milhões, foi desencadeada na Paraíba, Mato Grosso do Sul, Brasília e Rio de Janeiro. Em Campo Grande foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa da namorada do italiano. No imóvel, foram apreendidos documentos e mídias eletrônicas. De acordo com o delegado de Repressão a Crimes financeiros da Polícia Federal, Fabiano Emídio, o cidadão italiano, de 40 anos, constituiu empresa de fachada no ramo de mineração brasileira, na Paraíba, onde tem residência, para simular a venda de minérios para o exterior, sobretudo para uma empresa situada na Suíça. Em MS, foram comprados com o dinheiro de origem ilícita seis bens, entre fazendas, imóveis e terrenos. Alguns estão em Campo Grande e outros em cidades do interior. Eles não foram sequestrados porque não os identifiquei, contou o federal que ainda explica que não foram expedidos mandados de prisão. A operação foi para desmanchar crime financeiro. Processo judicial deverá ser aberto para que as prisões dos envolvidos sejam pedidas, explicou Fabiano. As investigações, que contaram ainda com o apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), revelam que a empresa suíça era comandada também por italianos, que remeteram grandes somas em dinheiro para o Brasil em decorrência da compra fictícia de minério. Por isso, há suspeita que o esquema servia à máfia italiana. \n \n