VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
12/07/2012 11:32:07
Abatedouro clandestino vendia carne para restaurantes de Campo Grande
O dono do local, Edevaldo Veloso da Silva, 59 anos, foi preso em flagrante autuado por crime contra a saúde pública, crime ambiental, sonegação fiscal e maus-tratos a animais.

CGNews/PCS

Foto: Rodrigo Pazinato
\n \n O abatedouro clandestino fechado na manhã de hoje, em uma chácara no Jardim\n das Monções, na saída para São Paulo, vendia carne de porco para sete\n restaurantes de Campo Grande, segundo notas fiscais encontradas no local.\n \n O flagrante foi feito por policiais civis da Decon (Delegacia Especializada\n de Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo), Decat (Delegacia\n Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), fiscais\n do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Iagro\n (Departamento Inspeção e Defesa Agropecuária).\n \n O dono do local, Edevaldo Veloso da Silva, 59 anos, foi preso em flagrante\n autuado por crime contra a saúde pública, crime ambiental, sonegação fiscal e\n maus-tratos a animais. Três funcionários do abatedouro, que estavam trabalhando\n no momento do flagrante, serão ouvidos pela Polícia.\n \n Foram encontrados no local, 14 animais vivos e 20 abatidos em uma câmara\n fria prontos para a comercialização. Segundo o perito Sávio Ribas ficou\n caracterizado que o local abatia os animais para a venda da carne. Segundo ele,\n não havia criação de suínos, o proprietário comprava os animais e abatia no\n local.\n \n O perito ressalta que o abate na chácara era feito de forma rústica, sem a\n mínima higienização possível, e ocorria já há algum tempo.\n \n Uma cena chamou a atenção dos fiscais e policiais envolvidos na ação. Os\n restos dos animais eram jogados em terreno a céu aberto, juntando uma grande\n quantidade de urubu. Para a eliminação dos excrementos dos suínos, o\n proprietário construiu uma lagoa para decantação.\n \n Para abater os animais eram utilizadas ferramentas proibidas: marreta e\n cachimbo (instrumento preso na garganta do porco para ele sentir dor e ficar\n imobilizado), situação que caracteriza maus-tratos. Os objetos estavam sujos e\n enferrujados, segundo o fiscal federal agropecuário do Mapa, Luiz Felipe\n Saldanha Ungerer.\n \n Ele informa que o proprietário foi multado em R$ 15 mil pelo abate e pelas\n condições de “higiene que não existem”.\n \n Conforme a chefe de inspeção de alimentos da Iagro, Lilian Oliveira Borges\n Alcântara, uma situação preocupante foi constatada no local. As vísceras dos\n animais mortos foram encontradas inteiras, situação que indica que os suínos\n não foram submetidos a qualquer teste para saber se estavam com algum tipo de\n doença. Segundo ela, nos frigoríficos legalizados as vísceras são abertas para\n verificação.\n \n Fiscais da Iagro irão destruir o local onde acontecia o abate. Após a\n perícia, fiscais da Iagro irão destruir o abatedouro.\n \n Concluído, o laudo pericial e de constatação de irregularidades feito no\n local serão anexados ao inquérito policial.