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Polícia
08/11/2012 09:00:00
Campanha quer reduzir elevado número de homicídios por motivos banais
Homicídios cometidos por impulso ou por motivos fúteis representaram 100% do total de assassinatos com causas identificadas registradas no Acre em 2011 e 2012.

CGNews/HJ

\n \n Homicídios\n cometidos por impulso ou por motivos fúteis representaram 100% do total de\n assassinatos com causas identificadas registradas no Acre em 2011 e 2012. Em\n outros estados, o índice supera os 80%, como em São Paulo (83%, nos\n últimos dois anos) e em\n Santa Catarina (82,13%, em 2012). Os dados foram divulgados\n hoje (8) pelo Conselho Nacional do Ministério Público durante lançamento da\n campanha Conte até 10. Paz. Essa É a Atitude.\n \n De acordo com o levantamento, a taxa de homicídios cometidos por\n impulso ou por motivos fúteis chegou a 63,77%, em Goiás, em 2012; a 50,66%, em\n Pernambuco, em 2011; a 43,13%, no Rio Grande do Sul, em 2011; e a 26,85%, no\n Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2011 a setembro de 2012.\n \n Os\n estudo foi elaborado a partir de dados sobre homicídios remetidos ao Ministério\n Público por 15 estados e pelo Distrito Federal. Foram incluídos na categoria\n impulso e motivo fútil homicídios relacionados a casos de briga, ciúme,\n conflito entre vizinhos, desavença, discussão, violência doméstica e\n desentendimentos no trânsito.\n \n Algumas\n mortes decorrentes de vingança e rixa, por exemplo, podem ocorrer tanto por\n impulso quanto ser premeditadas. O estudo incluiu esses crimes na categoria\n impulso por estarem normalmente associados à atuação impulsiva do autor do\n crime.\n \n Para\n o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, os resultados da pesquisa são\n impressionantes. “São crimes que decorrem de atitudes impulsivas ou de motivos\n fúteis e que poderiam ser facilmente evitados se houvesse mais tolerância, calma\n e uma atitude mais pacífica”, avaliou.\n \n Gurgel destacou que o estudo engloba os chamados crimes do dia a dia,\n como os cometidos dentro de casa, por vizinhos, nas escolas, em bares e em\n estádios. “É uma fechada no trânsito, uma discussão na fila do banco porque\n alguém passou na frente. Homicidas todos somos em potencial”, disse. “A\n tentativa da campanha é evitar a banalização da vida”, completou.\n \n O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ressaltou que a cultura\n da violência é difícil de ser combatida e que o cenário só pode ser alterado\n por meio da integração entre o governo e a sociedade. Uma das ações que\n contribuem para a redução de homicídios cometidos por impulso ou por motivos\n fúteis, segundo ele, é a Campanha do Desarmamento. “Ter uma arma ao lado,\n muitas vezes, faz com que as pessoas não contem até dez."\n \n \n \n \n