VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
28/03/2023 09:53:00
Com frota renovada, contrabandistas tentam enganar policiais com comboio de 15 carros seminovos
Cigarreiros apostaram em SUVs e sedam de alto padrão para despistar policiais e transportar cigarros contrabandeado do Paraguai

CE/PCS

Foto: Gerson Oliveira

A Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) da Polícia Civil, apreendeu na madrugada do último sábado (25), R$ 2 milhões em cigarros contrabandeados de Pedro Juan Caballero, município paraguaio que faz fronteira com Ponta Porã.

Conforme o delegado Guilherme Scucuglia Cezar, responsável pela apreensão conduzida no escopo da Operação Hórus, e divulgada nesta segunda (27), o grupo, formado por “pelo menos” 15 integrantes, é extremamente organizado, e transportava cigarros do Paraguai em veículos de alto padrão por meio de um "comboio extremamente organizado, com vários batedores".

A ação ocorreu na região do "Copo Seco", área rural de Sidrolândia, e mirou o grupo de contrabandistas que tinham a meta, segundo os oficiais, de chegarem Campo Grande. Ninguém foi preso.

De acordo com a polícia, entre os veículos apreendidos estão modelos como Corolla, T-Cross, avaliado em R$117 mil, Nissan Kicks, orçado em R$ 110 mil e Eco Sport orçado na mesma faixa de preço.

Além dos veículos e o cigarro apreendido, o Garras destacou que os contrabandistas também traziam ao Brasil, cargas de veneno e pneus, entretanto, em menor número.

“Os veículos são preparados para percorrerem longas distâncias em curtos períodos de tempo. Os envolvidos retiram bancos dos carros e adaptam o veículo para caber o conteúdo contrabandeado. Para a polícia, os veículos não tinham espaço para nenhuma pessoa entrar além do motorista. Os oficiais acreditam que todo indivíduo responsável pela carga, viajava sozinho.

“Temos a consciência e investigamos a quadrilha no âmbito da Operação Hórus, sabemos que eles têm uma hierarquia. A praxe é manter-se em locais premeditados e já utilizados como subterfúgio para se esconder de ação policial”, destacou o delegado.

Guilherme Scucuglia frisou que os contrabandistas não possuem pressa para realizarem as ações e que aguardam sempre o melhor momento para chegarem ao destino combinado. “A princípio, tudo indica que viriam a Campo Grande e daí escoam para o restante do país”, disse.

Para a polícia, além de contrabando, os envolvidos podem responder por organização criminosa, receptação e adulteração de veículo, uma vez que os carros apreendidos possuem placas frias.