Polícia
02/02/2012 07:37:14
Com medo de Bola, delegado do caso Bruno diz ter mudado rotina
Em depoimento prestado nesta quarta-feira no Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil, o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confessou que se sente ameaçado pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola,
Terra/LD
\n \n Em\n depoimento prestado nesta quarta-feira no Departamento de Operações Especiais\n (Deoesp) da Polícia Civil, o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de\n Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confessou que se sente\n ameaçado pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, investigado por\n arquitetar um suposto plano para matar, além de Moreira, a juíza Marixa Fabiane\n Lopes Rodrigues do Fórum de Contagem (MG); o deputado estadual Durval Ângelo\n (PT-MG); o advogado José Arteiro Cavalcante Lima, representante de Sônia de\n Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio; e também o advogado Ércio Quaresma,\n ex-defensor de Bruno, atual advogado do próprio Bola.\n \n Moreira\n afirmou que o medo de sofrer um atentado o levou a mudar a rotina. "É\n sempre bom ter cautela. Quem não tem medo? Não saio tanto como saía antes, não\n fico de bobeira em certos lugares", disse. "Já fui ameaçado diversas\n vezes, direta e indiretamente, e continuo recebendo ameaças de várias pessoas.\n Mas como policial, se eu tiver medo, eu tenho que ir embora. Quem está vivo, só\n tem um fim: a morte. Isso é certo. Então, se chegou a minha hora, vamos\n enfrentar. Não quero não, mas o que posso fazer?", relatou. \n \n O\n delegado diz acreditar que Bola seja capaz de organizar o crime. "Foi\n provado isso. Já está na Justiça. Está provado que ele é um homicida contumaz.\n Se tem disposição? Tem. Depois que o Bola foi exposto na mídia, aí apareceram\n testemunhas de muitos homicídios que ele praticou", lembrou.\n \n O\n suposto plano foi denunciado pelo detento Jaílson Oliveira, da penitenciária\n Nelson Hungria, em abril do ano passado, e contaria com o auxílio do traficante\n Nem, da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Moreira não confirmou ameaças de\n Bola. De acordo com o delegado Islande Batista, chefe do Deoesp, ainda faltam\n mais duas supostas vítimas serem ouvidas: a juíza Marixa e o advogado José\n Cavalcanti. Preso, Nem deverá prestar depoimento na penitenciária de Campo\n Grande, até a próxima semana.\n \n \n \n